sábado, 30 de janeiro de 2010

QUE LUGAR TEM A BÍBLIA NA MINHA VIDA?


Escola Paroquial será só as sessões que estamos a fazer à 6ª feira, de Janeiro à Páscoa ? – De certa maneira é, pelo sentido estrito que damos a estas sessões. Porém, a nossa aprendizagem cristã, em princípio, começa na Família, é a escola familiar. É aí que devemos dar os primeiros passos. Mas para além da escola familiar podemos nomear outros meios, tais como a Catequese da paróquia, os diversos Grupos ou Movimentos; com as suas diversas actividades. Tudo isso contribui para podermos crescer em sabedoria e em graça diante de Deus e dos homens ou seja tornar-nos cristãos adultos comprometidos. E quando sabemos aproveitar o que nos acontece no dia a dia meditando à luz da Fé, também a vida é uma grande escola.

Em todas estas “escolas” quais são os livros que nos orientam na instrução ?

- A resposta é simples e clara: A BÍBLIA.

Pretende-se levar os cristãos e as comunidades a assumir a Palavra de Deus como luz para a vida: alimento da oração, formação da comunidade e sustento da missão. Por isso, como verificais, tudo concorre neste mesmo sentido. A Escola Paroquial é toda ela à base da Bíblia. Vêmais adiante. Tem como lema “A Palavra de Deus chama e envia”.

Já nesta mesma direcção aconteceu “A Visitação da Palavra Peregrina” às nossas terras, ruas e famílias… a nossa Catequese das paróquias é marcadamente bíblica com os Catecismos: Litúrgico (2ºe 3º anos), “o Pão da Vida” no 4ºano a preparar a Primeira Comunhão, “Vem Espírito Santo” a preparar para o Crisma; e para todos a recomendação do “Cantinho da Bíblia”,distribuindo semanalmente o “Marcador”com sugestão de leitura para cada dia… e o “Farol” com as leituras do domingo.

Muitas são as famílias que já têm a Bíblia em casa, mas não basta tê-la. É preciso tê-la em lugar próprio – chamemo-lo Cantinho da Bíblia – e venerá-la, lendo-a, rezando com ela. Porque “desconhecer a Bíblia é desconhecer Jesus Cristo”, diz-nos S. Jerónimo.

Só nos podemos dizer cristãos se nos afeiçoarmos à Palavra de Deus. Se a Bíblia é o livro por excelência do Povo de Deus, devemos dar-lhe um lugar de relevo na nossa vida. Se nos afeiçoarmos à Palavra de Deus, vamos descobrindo os valores, os ideais, os critérios de acção, e as atitudes que nos vão identificando com Cristo

Os frades Capuchinhos têm sido os grandes impulsionadores do Movimento Bíblico em Portugal, promovendo Semanas Bíblicas, Cursos Bíblicos, Retiros Bíblicos, Dias Bíblicos, publicações bíblicas, a revista “BIBLICA”, Grupos Bíblicos, Encontros dos Grupos Bíblicos, etc… Que lugar tem a Palavra de Deus, na tua casa, na tua família, na tua vida ?


P. Batalha

CRUCIFIXO DO HAITI – Ergue a Solidariedade de Deus


Peregrina, por todo o mundo da comunicação social, o Crucifixo da catedral do Haiti. Dos escombros que sepultaram o Bispo e quantos outros ergue-se ileso o Crucifixo, a dizer: aqui estou crucificado a dizer que estou convosco e partilho do vosso sofrimento. Faz-nos trazer à memória a imagem daquele adolescente que, ao fim de 8 dias, ao sair dos escombros diz que foi Deus que o salvou. Deus ergue-se na cruz como sinal de solidariedade e de braços abertos, como que a dizer: Tende Fé e Esperança…estou convosco!

Porque é que tanta gente vive como se Deus não existisse ?!

O homem sem Deus é um homem perdido e desorientado; e quantas vezes exasperado !…

Em que é que isto se vê ?

Temos aí a crise da sociedade. É uma crise que antes de ser económica e financeira, ela é uma crise de valores. Se estes fossem vividos, os comportamentos humanos seriam diferentes. É a febre de ter mais, ter muito e mostrar que se tem mais que outros. Essa ganância cega de satisfazer todos os desejos materiais afasta-nos das realidades espirituais. Assim Deus não conta e a indiferença religiosa tenta apagar do horizonte os valores que disciplinam e regem a harmonia, o equilíbrio e a paz.

Cultiva-se o individualismo, promove-se a libertação sexual que é libertinagem, cultiva-se a satisfação insaciável dos instintos, o desprezo pela instituição familiar com a escandalosa facilidade do divórcio.

Por isso, em vez da alegre partilha impera o narcisismo de auto-idolatria; em vez do sentido comunitário e do bem comum, prolifera o individualismo de acumular riquezas exibicionistas; em vez da solidariedade cultiva-se a competição e a agressividade; em vez da partilha comunitária promove-se o consumismo supérfluo.

Assim Deus é um incómodo, um empecilho e convém que Ele não exista; daí os indiferentes e agnósticos e toda essa guerra aos símbolos religiosos. O Cardeal Patriarca, há dias, no Fórum “Pensar a Escola. Preparar o Futuro” disse: “A guerra aos símbolos religiosos na Europa é um sinal preocupante

Contra a degradação dos valores morais, o povo italiano revoltou-se e uniu-se. Está a fazer frente à União Europeia. Está-se a travar uma campanha de colocar de novo os crucifixos em todo o país – precisamente o contrário do que os juízes de Estrasburgo pretendiam. Tony Blair, Primeiro Ministro inglês, numa entrevista diz: “A religião desempenha um papel central e único na Sociedade e para o progresso”.


Pe. Batalha

IV Domingo do Tempo Comum | 31.01.2010


O tema da liturgia deste domingo convida a reflectir sobre o “caminho do profeta”: caminho de sofrimento, de solidão, de risco, mas também caminho de paz e de esperança, porque é um caminho onde Deus está. A liturgia de hoje assegura ao “profeta” que a última palavra será sempre de Deus: “não temas, porque Eu estou contigo para te salvar”.

A primeira leitura apresenta a figura do profeta Jeremias. Escolhido, consagrado e constituído profeta por Jahwéh, Jeremias vai arrostar com todo o tipo de dificuldades; mas não desistirá de concretizar a sua missão e de tornar uma realidade viva no meio dos homens a Palavra de Deus.

O Evangelho apresenta-nos o profeta Jesus, desprezado pelos habitantes de Nazaré (eles esperavam um Messias espectacular e não entenderam a proposta profética de Jesus). O episódio anuncia a rejeição de Jesus pelos judeus e o anúncio da Boa Nova a todos os que estiverem dispostos a acolhê-la – sejam pagãos ou judeus.

A segunda leitura parece um tanto desenquadrada desta temática: fala do amor – o amor desinteressado e gratuito – apresentando-o como a essência da vida cristã. Pode, no entanto, ser entendido como um aviso ao “profeta” no sentido de se deixar guiar pelo amor e nunca pelo próprio interesse… Só assim a sua missão fará sentido.


Ecclesia


sábado, 23 de janeiro de 2010

OTL - JMV Carvalhal











Nos dias 21, 22 e 23 de Dezembro, a JMV de Carvalhal organizou um OTL - Ocupação de Tempos Livres - para as crianças do ensino básico da escola de Carvalhal.

Durantes os 3 dias, participaram 15 jovens.

Ficam aqui algumas fotografias do encontro.

Carta da Presidente Internacional sobre o Haiti

Madri, 18 de janeiro de 2010

A todos os membros, grupos e Conselhos

Da Juventude Marial Vicentina (JMV)

Objeto: AJUDA A HAITÍ

Querid@s amig@s:

Em 12 de janeiro, um terremoto deixou a minha terra, Haití querida, devastada e abandonada. A Palavra de Deus que escutamos ontem foi um grande consolo: “Não mais te chamarão “Abandonada”, e tua terra não mais será chamada “Deserta”; teu nome será “Minha Predileta” e tua terra será a “Bem-Casada”, pois o Senhor agradou-se de ti e tua terra será desposada” (Is. 62, 4). Sei que o Senhor não nos deixará sós e que somos neste momento seus favoritos.

Quero agradecer em meu nome, em nome de toda Família Vicentina de Haití e em nome de meu povo, todas as demonstrações de carinho e apoio recebidos. Obrigado por manifestar-se em concreto que pertencemos a uma única família, que somos um só povo. Tem-se poucas notícias, os membros mais próximos de minha família estão bem. Confirmou-se a morte da Ir. Brigitte Pierre.FC, e sabemos também que alguns membros da JMV faleceram, mas não dispomos de cifras nem de nomes.

Muitos têm expressado o desejo de colaborar economicamente para que se possa atender as numerosas necessidades dos muitos sobreviventes e famílias necessitadas. Sem esquecer que ficará um longo caminho de reconstrução.

O Conselho Internacional de JMV, reunido em Madri (Espanha) de 14 a 17 de janeiro de 2010, sugere que façam suas transferências a uma conta das Filhas da Caridade de Porto Rico. Em coordenação com as Filhas da Caridade de Haití, poderão adquirir materiais e produtos de primeira necessidade mais urgentes. Reenviem este e-mail ao maior número possível de pessoas que possam aportar seu grão de areia nesta situação de emergência. Os datos bancários são:

Nome: Hijas de la Caridad

Banco: Banco Popular de Puerto Rico

Endereço: Pda. 26 San Juan PR 00909

#Cuenta: 026053128

#Ruta/Código: 021502011

Nota: Ayuda a Haití

Sei também, que muitos não poderão ajudar economicamente. Por isso quero recordar-lhe que a oração é uma arma poderosa, para que Deus, pelas vias que só sua Providência conhece, ajude ao País sair do caos, a salvar vidas e que se possa atender fisicamente e espiritualmente a tantos irmãos afetados.

Que o Senhor escute nossas súplicas, para que, apaziguado o tremor da terra, sintamos sempre Seu amparo e, seguros com Sua proteção, sirvamos-Le cheios de esperança.

A Jesus por Maria,

Yasmine Cajuste

Presidenta Internacional da JMV

Festas em Honra de Santa Águeda | 6.02.2010



A Juventude Mariana Vicentina de Carvalhal foi convidada pela paróquia de Maxial, para a dinamização da Eucaristia das festas em Honra de Santa Águeda.

A Eucaristia, presidida pelo Pe. Pedro Tropa, será dia 6 de Fevereiro pelas 15h, seguida de procissão.

TERRAMOTO NO HAITI – apelo àsolidariedade


“O terramoto do Haiti atingiu proporções inimagináveis. Quem não se comoveu com aquelas imagens. A nossa partilha fraterna, expressão do amor que nos une a esses irmãos só pode ser generosa. Não recusemos aliviar, com a nossa generosidade, um pouco daquela dor. A Igreja Católica do Patriarcado de Lisboa quer associar-se a essa onda imensa de solidariedade suscitada em todo o mundo. Assim, sentiremos que a caridade nos projecta para a universalidade. Haverá um ofertório diocesano, realizado nas celebrações dos próximos domingos”. – da Carta do Cardeal Patriarca a todos os fiéis da Diocese de Lisboa.

Quem é que não está chocado com a tragédia do Haiti provocada pelo sismo (7.3 da escala de Richter) que deixou o país destruído !?! Milhares de mortos, milhares de soterrados, milhares de feridos, milhares de desalojados, milhares de esfomeados, inúmeros edifícios destruídos…confusão, muita confusão… muita dificuldade na organização. Num país sem infra-estruturas, desorganizado, com dificuldades de comunicação, sem telefones, com estradas fracas, com um aeroporto muito limitado para receber os voos com a ajuda, todas as dificuldades próprias duma tragédia desta dimensão tornam-se ainda maiores. Entre as muitas casas destruídas estão igrejas e instituições sociais – ficou destruída a catedral e morreu o Arcebispo e o vigário geral da Diocese. O Haiti é o país mais pobre do mundo ocidental, com 80% da população a viver abaixo do limiar da pobreza. Faz parte da sua história já vários desastres naturais: sismos, tempestades tropicais, furacões …Quantos anos e gerações não vão demorar a reconstruir este país ??? Por aquilo que investiguei sobre a sua história, também a sua crónica instabilidade política não ajuda nada. As suas deficientes estruturas explica porque é que tanta ajuda humanitária não se tornou eficiente. É certo que o terramoto destruiu as poucas estruturas que haviam. Por isso é um país que vai ficar muito dependente do auxílio externo, sujeito a muitas interferências de ordem política.. Não deveria ser a ONU a actuar ?!?


Uma lição devemos tirar. A nível interno, os países deveriam investir muito a sério em programas de protecção civil, com equipas de intervenção rápida sempre com prontidão. “Estamos a ver as barbas do vizinho a arder !” – diz o ditado. Há que tirar lições das tragédias, para nos prepararmos para o futuro, se vier a acontecer.


P. Batalha



Farol de Luz


Encontro Sub-16 Região Sul 2010 | Cernache do Bomjardim


III Domingo do Tempo Comum | 24.01.2010


A liturgia deste domingo coloca no centro da nossa reflexão a Palavra de Deus: ela é, verdadeiramente, o centro à volta do qual se constrói a experiência cristã. Essa Palavra não é uma doutrina abstracta, para deleite dos intelectuais; mas é, primordialmente, um anúncio libertador que Deus dirige a todos os homens e que incarna em Jesus e nos cristãos.

Na primeira leitura, exemplifica-se como a Palavra deve estar no centro da vida comunitária e como ela, uma vez proclamada, é geradora de alegria e de festa.

No Evangelho, apresenta-se Cristo como a Palavra que se faz pessoa no meio dos homens, a fim de levar a libertação e a esperança às vítimas da opressão, do sofrimento e da miséria. Sugere-se, também, que a comunidade de Jesus é a comunidade que anuncia ao mundo essa Palavra libertadora.

A segunda leitura apresenta a comunidade gerada e alimentada pela Palavra libertadora de Deus: é uma família de irmãos, onde os dons de Deus são repartidos e postos ao serviço do bem comum, numa verdadeira comunhão e solidariedade.
A Caminho; Agência Ecclesia

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

II Domingo do Tempo Comum | 17.01.09

A liturgia de hoje apresenta a imagem do casamento como imagem que exprime de forma privilegiada a relação de amor que Deus (o marido) estabeleceu com o seu Povo (a esposa). A questão fundamental é, portanto, a revelação do amor de Deus.

A primeira leitura define o amor de Deus como um amor inquebrável e eterno, que continuamente renova a relação e transforma a esposa, sejam quais forem as suas falhas passadas. Nesse amor nunca desmentido, reside a alegria de Deus.

O Evangelho apresenta, no contexto de um casamento (cenário da “aliança”), um “sinal” que aponta para o essencial do “programa” de Jesus: apresentar aos homens o Pai que os ama, e que com o seu amor os convoca para a alegria e a felicidade plenas.

A segunda leitura fala dos “carismas” – dons, através dos quais continua a manifestar-se o amor de Deus. Como sinais do amor de Deus, eles destinam-se ao bem de todos; não podem servir para uso exclusivo de alguns, mas têm de ser postos ao serviço de todos com simplicidade. É essencial que na comunidade cristã se manifeste, apesar da diversidade de membros e de carismas, o amor que une o Pai, o Filho e o Espírito Santo.


Farol de Luz


SE QUERES A PAZ CUIDA DA NATUREZA


Iniciamos o novo ano com diversos “Alertas” e “Apelos”, quer da parte dos políticos, quer da parte da Igreja. Porquê tanta advertência ?

Escutai, então, o que o Espírito diz ao teu povo que nesta passagem de ano se entregou à bebedeira, às orgias e aos gastos supérfluos, em tempo de crise e com tanta pobreza…

Abri os olhos e dai as mãos. Enfrentai a realidade dos problemas com responsabilidade. É o desemprego…São as questões da saúde e da educação…É a precaridade e a insegurança… São as tremendas desigualdades e a imoralidade… a exploração e a corrupção…etc…

A Vice-presidente da Comissão Justiça e Paz não tem dúvidas de que a situação actual “é fruto da nossa liberdade… Somos responsáveis – ou irresponsáveis – pelos desequilíbrios, injustiças, assimetrias e vulnerabilidades que criámos, assim como a imensidade de pobres que não se consegue conter”. Tarda a percepção da necessidade urgente de se alterarem comportamentos.

Os governantes e responsáveis têm deles consciência, nem todos da mesma maneira e a começar o ano falaram. Porém o Papa fala da necessidade de novos estilos de vida para mudar o mundo. O Cardeal Patriarca diz que só numa renovação de civilização a humanidade encontrará os caminhos da justiça e da paz. E diz que a Igreja tem consciência da sua responsabilidade em todas as grandes causas da humanidade, na busca da superação dos problemas com que esta se confronta em cada tempo, e os obreiros dessa contribuição da Igreja para o progresso da civilização são todos os cristãos, inseridos no realismo da sociedade dos homens.

A Igreja não tem soluções técnicas para oferecer e não pretende de modo algum imiscuir-se na política dos Estados, mas tem uma missão ao serviço da verdade para cumprir, em todo o tempo e contingência, a favor de uma sociedade à medida do ser humano, da sua dignidade, da sua vocação”.

O Papa centra a sua mensagem do dia de Ano Novo – Dia Mundial da Paz – nos problemas ecológicos, reafirmando que “A Igreja tem a sua parte de responsabilidade pela Criação e sente que a deve exercer também em âmbito público, para defender a terra, a água e o ar, dádivas feitas por Deus Criador a todos, e antes de tudo para proteger o homem contra o perigo da destruição de si mesmo”. A Criação é fonte de paz e harmonia e fermento de alegria que pacifica e harmoniza por dentro, para dominar ímpetos e violências. Infelizmente o homem com o pecado vai fazendo estragos com o egoísmo, o desejo de posse, o poder déspota, a ânsia de ter mais e melhor, a falta de respeito pelos outros… Assim a criação pode tornar-se lugar de luta, de guerra, de furto, de engano, de destruição do amor e da vida, de exploração criminosa, de burla viciada pela corrupção.

O Papa diz que a degradação da natureza está intimamente ligada à cultura que molda a convivência humana (…). Não se pode pedir aos jovens que respeitem o ambiente, se não são ajudados, em família e na sociedade, a respeitar-se a si mesmos; o livro da natureza é único, tanto sobre a vertente do ambiente como sobre a ética pessoal, familiar e social”.

E o nosso Patriarca diz “a solução para todos estes graves problemas da sociedade exige uma profunda revolução cultural e civilizacional, talvez passemos a pôr o acento onde ele deve ser posto: na educação, na família, na comunicação social, nas estruturas culturais, no fundo, na formação para a liberdade, cujo exercício legítimo supõe sempre a responsabilidade da promoção do bem-comum”. E diz o Bispo do Porto, D. Manuel Clemente: “A maior contribuição evangélica para uma ecologia integral é e será o “estilo” cristão de vida, próprio dos que se deixaram libertar por Cristo para a verdade essencial e a beleza absoluta, que n’Ele todas as coisas alcançam, repassadas de caridade universal. Na esteira e no Espírito de Jesus, Francisco de Assis e tantos outros deram ao mundo o que este mais requer: a adoração do Criador e a fruição cuidadosa e solidária dos recursos da criação”.

Começam já a haver muitos cristãos e outros a lutarem por esta causa e a optarem, juntamente com os filhos, por práticas ecológicas, como a poupança de água e electricidade, a separação do lixo ou o controlo dos gastos. São atitudes fundamentais que deviam entrar nos programas de vida. Estas alterações de comportamentos individuais – que não são fáceis, porque toda a sociedade está orientada para consumos excessivos – exigem que façamos um esforço concreto de educação, não só para as novas gerações, mas começando em nós próprios. Então, sim, um Feliz Ano Novo !

Farol de Luz

sábado, 2 de janeiro de 2010

Cantar os Reis | 2,3,4,5 de Janeiro


Hoje iremos começar a cantar os Reis.

É para estarmos todos às 17h na igreja para ensaiar a música!


Apareçam!

Solenidade da Epifania do Senhor | 3.1.2010


A capacidade de seguir outro caminho é símbolo de conversão.
Quem encontra Jesus descobre que a sua vida segue uma nova direcção, que o voltar a casa, ao interior de si mesmo, ao sentido da vida, acontece por um caminho novo.
Há sempre estrelas a brilhar no nosso horizonte e também podemos sempre tentar ser estrelas no horizonte dos outros.

Hoje encontrei-me com os teus presentes nas mãos, Senhor:
nova vida, novo tempo, nova chuva, novo sol…
Por isso, para este tempo que estreio com esperança, quero, Senhor, e Te peço, também, um novo relógio.
Um relógio que meça o tempo como o mede o teu amor;
que pare quando chegarem as pessoas ao meu recanto, para escutar, partilhando alegrias e dores.
Um relógio que me situe a mente e o coração no momento presente, que é o teu momento,
Senhor, nas tarefas do dia a dia que são lugar de encarnação.
Um relógio que meça o tempo com a tua paciência, Senhor:
com o ritmo e a medida universal do amor;
despertador de rotinas, vigilante, ajudador;
que nunca meça a entrega do tempo e do coração.

Com a vida, com o tempo que hoje me ofereces, Senhor,
para me dar sem medida, espero um novo relógio.


A liturgia deste domingo leva-nos à manifestação de Jesus como “a luz” que atrai a Si todos os povos da terra. Essa “luz” incarnou na nossa história, a fim de iluminar os caminhos dos homens com uma proposta de salvação/libertação.

A primeira leitura anuncia a chegada da luz salvadora de Jahwéh, que alegrará Jerusalém e que atrairá à cidade de Deus povos de todo o mundo.

No Evangelho , vemos a concretização dessa promessa: ao encontro de Jesus vêm os “Magos”, atentos aos sinais da chegada do Messias, que O aceitam como “salvação de Deus” e O adoram. A salvação, rejeitada pelos habitantes de Jerusalém, torna-se agora uma oferta universal.

A segunda leitura apresenta o projecto salvador de Deus como uma realidade que vai atingir toda a humanidade, juntando judeus e pagãos numa mesma comunidade de irmãos – a comunidade de Jesus.



Farol de Luz

Solenidade da Mãe de Deus | 1/1/2010


E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora anunciado“. (cf. Mt. 2, 16-21)

Neste dia, a liturgia coloca-nos diante de evocações diversas, ainda que todas importantes. Celebra-se, em primeiro lugar, a Solenidade da Mãe de Deus: somos convidados a olhar a figura de Maria, aquela que, com o seu sim ao projecto de Deus, nos ofereceu a figura de Jesus, o nosso libertador. Celebra-se, em segundo lugar, o Dia Mundial da Paz: em 1968, o Papa Paulo VI quis que, neste dia, os cristãos rezassem pela paz. Celebra-se, finalmente, o primeiro dia do ano civil: é o início de uma caminhada percorrida de mãos dadas com esse Deus que nunca nos deixa, mas que em cada dia nos cumula da sua bênção e nos oferece a vida em plenitude. As leituras de hoje exploram, portanto, diversas coordenadas. Elas têm a ver com esta multiplicidade de evocações.

Na primeira leitura, sublinha-se a dimensão da presença contínua de Deus na nossa caminhada, como bênção que nos proporciona a vida em plenitude.

Na segunda leitura, a liturgia evoca outra vez o amor de Deus, que enviou o seu “Filho” ao nosso encontro, a fim de nos libertar da escravidão da Lei e nos tornar seus “filhos”. É nessa situação privilegiada de “filhos” livres e amados que podemos dirigirnos a Deus e chamar-lhe “papá”.

O Evangelho mostra como a chegada do projecto libertador de Deus (que veio ao nosso encontro em Jesus) provoca alegria e contentamento por parte daqueles que não têm outra possibilidade de acesso à salvação: os pobres e os débeis. Convidanos, também, a louvar a Deus pelo seu cuidado e amor e a testemunhar a libertação de Deus aos homens. Maria, a mulher que proporcionou o nosso encontro com Jesus, é o modelo do crente que é sensível ao projecto de Deus, que sabe ler os seus sinais na história, que aceita acolher a proposta de Deus no coração e que colabora com Deus na concretização do projecto divino de salvação para o mundo.

Farol de Luz