"A vida é uma oportunidade, aproveite-a...
terça-feira, 31 de março de 2009
VIDA
"A vida é uma oportunidade, aproveite-a...
domingo, 29 de março de 2009
PENITÊNCIA, PREPARAÇÃO PASCAL
O Sacramento da Penitência é um sacramento Pascal. Porquê ? Porque alcança-nos a libertação do pecado e da morte eterna. Como nos reunimos na Eucaristia para dar graças, também precisamos de nos reunir como penitentes para pedir perdão pela confissão dos nossos pecados e celebrar a reconciliação. Este sacramento é rico nas suas formas: desde a forma individual que pode incluir a consulta terapêutica e a direcção espiritual, até uma celebração comunitária que tanto pode terminar com confissões individuais, como até com a absolvição geral, se for o caso.
Pergunto: Não precisamos de nos lavar, tomar banho ? Do mesmo modo precisamos de nos purificar para estarmos bem com Deus, com os outros e connosco próprios. É S. João que nos diz: “Se confessarmos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar e purificar-nos de toda a maldade“(1ªJo. 1,9); e São Tiago exorta-nos: “Confessai os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros para serdes curados”(Tg. 5, 16). Todos temos a experiência de que somos pecadores. A santa Igreja é feita de pecadores. Diante de Deus que é Santo só temos de reconhecer-nos pecadores e pedir perdão. Aliás é o que fazemos quando começamos a celebrar a Eucaristia: “…Senhor tende piedade de nós!…”.
Assim como a saúde ou o mal-estar dum membro do nosso corpo afecta os outros membros, assim também na Igreja, quando o pecado nos fere, os outros também ficam afectados. O que fazemos de bem ou de mal tem influência nos outros. Com o nosso pecado há sempre consequências negativas. Nós não somos ilhas e fazemos parte de um todo, somos vasos comunicantes. O nosso pecado envenena o ar que os outros respiram. Um dos maiores males do nosso tempo é a perda de sentido do pecado. Porque o pior doente é aquele que não reconhece o seu estado, não quer ir ao médico, não aceita tratar-se. Não há critérios de valores morais, não se distingue o bem do mal, não se assume com responsabilidade a gravidade dos actos, das más acções. Porém, o homem é chamado sempre a amar e fazer o bem e evitar o mal. Em momento oportuno a voz desta lei ressoa no íntimo do seu coração; e nem sempre a voz divina aprova as atitudes que tomamos. Como Adão e Eva, escondemo-nos ao ouvir os passos do Senhor, que vem ao nosso encontro (Gn. 3,8). O salmista nos adverte no salmo 95,8-9: “Quem dera que hoje ouvísseis a Sua voz: ‘Não endureçais os corações, como em Meribá, como no dia de Massá, no deserto, onde vossos pais me tentaram e provocaram, apesar de terem visto as minhas obras’”.
É preciso dar ouvidos à Palavra do Senhor, acolhê-lo como Deus e comportar-se como seu povo (Jer. 7, 23). Diz o Senhor: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa e tomaremos a refeição, eu com ele e ele comigo”(Apoc. 3,20). É preciso abrir o coração. É preciso renascer. Seja a nossa atitude de espírito como a do jovem Samuel: “Falai Senhor, que o vosso servo escuta!”…ou a dos que ouviam João Baptista: “Que havemos de fazer?”. E Jesus já desde o início desta Quaresma nos anda a segredar aos ouvidos: “Arrependei-vos, convertei-vos e acreditai no Evangelho!”
sábado, 28 de março de 2009
Via Sacra/Eucaristia - 28.03.09
V Domingo da Quaresma - 29.03.09
Na liturgia do 5º Domingo Comum ecoa, com insistência, a preocupação de Deus no sentido de apontar ao homem o caminho da salvação e da vida definitiva. A Palavra de Deus garante-nos que a salvação passa por uma vida vivida na escuta atenta dos projectos de Deus e na doação total aos irmãos.
Na primeira leitura, Jahwéh apresenta a Israel a proposta de uma nova Aliança. Essa Aliança implica que Deus mude o coração do Povo, pois só com um coração transformado o homem será capaz de pensar, de decidir e de agir de acordo com as propostas de Deus.
A segunda leitura apresenta-nos Jesus Cristo, o sumo-sacerdote da nova Aliança, que Se solidariza com os homens e lhes aponta o caminho da salvação. Esse caminho (e que é o mesmo caminho que Jesus seguiu) passa por viver no diálogo com Deus, na descoberta dos seus desafios e propostas, na obediência radical aos seus projectos.
O Evangelho convida-nos a olhar para Jesus, a aprender com Ele, a segui-l’O no caminho do amor radical, do dom da vida, da entrega total a Deus e aos irmãos. O caminho da cruz parece, aos olhos do mundo, um caminho de fracasso e de morte; mas é desse caminho de amor e de doação que brota a vida verdadeira e eterna que Deus nos quer oferecer.
Reflectindo o Evangelho
Como muitas vezes acontece connosco, também Jesus tinha a «alma perturbada» (ver Evangelho). Não que tivesse feito algo que lhe fizesse ficar nesse estado pesaroso. Pelo contrário: tal devia-se ao facto de Ele sentir que se aproximava a Sua hora, o momento em que daria por encerrada a missão que o Pai Lhe confiou: estabelecer uma nova Aliança com o Povo de Deus, deixando-a impressa no íntimo da alma e gravada no coração de cada um (ver 1.ª leitura). E o momento é difícil, pois implica a experiência da morte, ao ser elevado da terra para atrair todos a Si (ver Evangelho).
Neste momento de tensão e perturbação é legítima a ideia de abandono da missão. O sofrimento repele todo o ser humano – Jesus inclusive. Mas é pela aceitação da totalidade dessa missão, da qual também faz parte o sofrimento, que ela é concretizada e que se alcança a glória do Pai que é também a glória de cada um dos filhos: «Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica só; mas se morrer, dará muito fruto» (Evangelho).
Vivendo o Evangelho
Tal como Jesus Cristo, nós, na nossa vida mortal, dirigimos preces e súplicas ao Pai, com grandes clamores e até com lágrimas (ver 2.ª leitura). Pedimos muitas vezes que «seja feita a vossa vontade», mas, no íntimo, o que verdadeiramente desejamos é que seja feita a nossa vontade. Queremos apenas aquilo que nos agrada, aquilo que nos é fácil e desejamos que o difícil e desagradável não nos apareça pelo caminho. Mas a vida, para ser plena, exige de nós muito mais do que aquilo que nós desejamos dela.
Saibamos assimilar em nós todas as exigências que a vida nos traz, porque é nesta integração em nós do agradável e do exigente, com serenidade e confiança, que manifestamos a glória daquele que nos traz a «salvação eterna» (2.ª leitura).
quarta-feira, 25 de março de 2009
Próximos Ensaios
domingo, 22 de março de 2009
Próximas Actividades
sábado, 21 de março de 2009
PÁRA! ESCUTA!! OLHA!!!
Pára ! Escuta ! Olha ! Sentemo-nos a reparar no caminho feito até aqui.
Nós entrámos no deserto da nossa vida com S. Paulo. “Subimos para Jerusalém” (Mc. 10,33), à Festa da Páscoa. Este caminho para Jerusalém constitui o modelo da vida do cristão, empenhado em seguir o Mestre, participando intimamente no mistério da sua morte e ressurreição.
Assim, fomos erguendo sinais a avivar a nossa consciência e a nossa prática.
sexta-feira, 20 de março de 2009
IV Domingo da Quaresma - 22.03.09
A liturgia do 4º Domingo da Quaresma garante-nos que Deus nos oferece, de forma totalmente gratuita e incondicional, a vida eterna.
A primeira leitura diz-nos que, quando o homem prescinde de Deus e escolhe caminhos de egoísmo e de auto-suficiência, está a construir um futuro marcado por horizontes de dor e de morte. No entanto, diz o autor do Livro das Crónicas, Deus dá sempre ao seu Povo outra possibilidade de recomeçar, de refazer o caminho da esperança e da vida nova.
A segunda leitura ensina que Deus ama o homem com um amor total, incondicional, desmedido; é esse amor que levanta o homem da sua condição de finitude e debilidade e que lhe oferece esse mundo novo de vida plena e de felicidade sem fim que está no horizonte final da nossa existência.
Reflectindo o Evangelho
Certamente já todos nós fizemos uma radiografia a conselho do nosso médico. E para quê a radiografia? Todos sabemos que serve para, através de radiações, fotografar, para mais detalhadamente analisar a zona que foi submetida a tal exame.
Ora, a liturgia deste IV Domingo da Quaresma convida-nos a fazer uma radiografia geral, não apenas a uma parte do nosso corpo mas a toda a nossa vida e conduta. O ser humano tem apenas duas hipóteses: ou vive na verdade ou opta pela mentira. Muitas vezes munidos pela rotina, com o stress em que vivemos constantemente, corremos o risco de vivermos sem pensar e, por isso, aproveitamos a noite para maquinar traições, malícias, maus pensamentos em relação àqueles que connosco se cruzam durante o dia, e aqui optamos pela via da mentira, da injustiça, da falta de transparência... Se procuramos a verdade então andamos "de cabeça levantada em plena luz do dia," e sentimo-nos muito melhor, pois nada há que nos intimide, nada há que nos venha a ser julgado ou apontado. Portanto, luz e trevas: binómio da realidade de qualquer ser humano. Ao cristão é exigido o caminhar na luz, que passa por identificar a sua vida com a vida de Cristo: amor, justiça, compreensão, inter-ajuda; a verdade, a liberdade, a responsabilidade, o testemunho, em vez da imitação do mal que tantas vezes nos fascina (o abandono da prática religiosa, o consumismo, a competição exagerada em relação ao próximo, a via dos negócios ilícitos…). Quem assim vive lucra: obtém a saúde (Salvação) e o prémio da vida eterna, pois "Deus amou tanto o mundo que lhe deu o seu Filho Unigénito: quem acredita n’Ele tem a vida eterna" (ver Evangelho). A certeza é esta: Deus ama-nos loucamente, o seu amor é mesmo obsessivo, a ponto de entregar o Seu próprio Filho para nos salvar. Por isso, "a salvação não vem de vós: é dom de Deus" (ver 2ª Leitura). Contudo, como diz Santo Agostinho: "Deus que te criou sem ti, não te salvará sem ti", basta simplesmente escolher a vida da luz, a via da verdade, na tua condição de liberdade/responsabilidade.
quinta-feira, 19 de março de 2009
Missão no Pousal 2009
O campo de missão decorrerá entre os dias 4 e 10 de Abril.
Inscrições no máximo até dia 27 de Março. .
Requisito mínimo: ter idade igual ou superior a 16 anos.
Para as inscrições é necessário que me enviem: o nome e a data de nascimento.
terça-feira, 17 de março de 2009
Agradecimento
sexta-feira, 13 de março de 2009
III Domingo da Quaresma - 15.03.09
O Evangelho deste Domingo fala-nos precisamente da gratuidade de Deus, de um Deus que se dá de forma desinteressada, apenas por Amor, e da forma como o povo hebreu havia corrompido a gratuidade da relação com Deus, ao transformar o culto numa troca comercial com Deus, trocando bois, ovelhas e pombas pela benevolência de Deus. Falar da incompatibilidade entre este sistema negocial e a oração era desestruturar toda a forma de viver o culto por parte dos judeus.
Encontramos assim Jesus Cristo a expulsar os vendilhões do Templo (ver Evangelho) para manifestar a necessidade de purificar o espaço destinado a viver e a agradecer a gratuidade de um Deus que os havia escolhido e acolhido enquanto povo.
Claro que esta reacção de Jesus Cristo provocou espanto e indignação, mas a sua mensagem sempre provocou escândalo junto daqueles que viviam acomodados, e essa mensagem de amor acaba por manifestar-se de forma plena na Cruz, também ela "escândalo para os judeus e loucura para os gentios" (ver segunda leitura).
Mais do que olharmos para Jesus Cristo como um reaccionário, importa procurarmos descobrir naquele que queremos imitar o zelo pelas coisas do Pai (ver Evangelho), pois nesta acção extrema de expulsar aqueles que ocupavam e desvirtuavam o espaço de oração está a preocupação por alertar para a originalidade das "dez palavras" (ver primeira leitura) que Deus disse: um decálogo que não é restritivo mas sim libertador; um decálogo de amor e de gratuidade.
Vivendo o Evangelho
Em tempo quaresmal, este Evangelho convida-nos a olhar para o espaço que destinamos para a nossa relação com Deus, se esse espaço realmente existe e se é ocupado pelo essencial, pela certeza da gratuidade do amor de Deus.
Pela nossa vida somos chamados a testemunhar que vivemos segundo um conjunto de palavras que Deus nos disse para nos servirem enquanto código de conduta, e só a nossa postura poderá dizer se essas palavras libertam ou são um peso para nós.
Não é um estilo de vida banal: no entanto, mesmo não vivendo o estilo de vida comum, vivemos o modo de vida de um Homem que foi "escândalo para os Judeus e loucura para os gentios".
quinta-feira, 12 de março de 2009
Oração ao Pão
Loiro trigo a expirar por nosso bem, sem um ai de ninguém!
Loiro trigo inocente, cuja morte horrorosa ninguém sente!
E é por isso que ao fim do teu martírio és cor de lua,
és cor de neve, és cor de lírio...
Bendito sejas!
Simples por nós viveste, puro por nós sofreste,
mártir por nós morreste!
Bendito sejas!
Perdeste a vida p’ra nos dar vida,
foste a imolar p’ra nos salvar;
Bendito sejas!
Bendito sejas, trigo morto, cadáver fecundante, ressuscitando em nós a cada instante!
Bendito sejas, bendito sejas, bendito sejas,
Trigo! Corpo de Deus – Pureza e Dor –
nossa vítima e nosso redentor
Pensamento do Dia
Imagine-se, manda perdoar setenta vezes sete.
Isto é, sempre!
Porque o sete é o número da totalidade.
Imediatamente, há quem grite que não se pode ser invisível á ofensa, que isso e desumano.
Humano é responder ao agressor de modo que ele reconheça o seu erro e queira mudar de conduta.
É o que a vingança nem o desprezo conseguem,mas só o perdão.