O tema deste domingo é, evidentemente, o Espírito Santo. Dom de Deus a todos os crentes, o Espírito dá vida, renova, transforma, constrói comunidade e faz nascer o Homem Novo. O Evangelho apresenta-nos a comunidade cristã, reunida à volta de Jesus ressuscitado. Para João, esta comunidade passa a ser uma comunidade viva, recriada, nova, a partir do dom do Espírito. É o Espírito que permite aos crentes superar o medo e as limitações e dar testemunho no mundo desse amor que Jesus viveu até às últimas consequências. Na primeira leitura, Lucas sugere que o Espírito é a lei nova que orienta a caminhada dos crentes. É Ele que cria a nova comunidade do Povo de Deus, que faz com que os homens sejam capazes de ultrapassar as suas diferenças e comunicar, que une numa mesma comunidade de amor, povos de todas as raças e culturas. Na segunda leitura, Paulo avisa que o Espírito é a fonte de onde brota a vida da comunidade cristã. É Ele que concede os dons que enriquecem a comunidade e que fomenta a unidade de todos os membros; por isso, esses dons não podem ser usados para benefício pessoal, mas devem ser postos ao serviço de todos.
Entrou nas nossas casas á algum tempo, faz-nos ficar bastante preocupados, escreve-se apenas com 5 letras e chama-se CRISE.
Não, não vou falar da crise, porque dela ouvimos falar todos os dias e a quase toda hora nas televisões, no rádio, nos jornais e revistas que por vezes até chateia. Vou antes falar de uma coisa que muitos de nós nos esquecemos quando passamos a vida a lamentar-nos, muitas vezes motivos que para nós parecem o fim do mundo mas que no fundo não passam de meros e simples problemas. Todos os dias cada um de nós se levanta cedo para ir para a escola ou para ir trabalhar mas não agradecemos a Deus o facto de estarmos VIVOS. Cada novo dia, deve ser encarado de uma forma positiva, vivendo-o assim como se fosse último. Por muito que a nossa vida pareça monótona, devemos sim aproveitá-la da melhor maneira possível. É certo que por vezes nos são colocadas barreiras no nosso caminho e que nos fazem encarar a vida de uma forma negativa, mas sempre ouvi dizer que se Deus nos coloca barreiras no caminho é porque sabe que somos fortes e que as vamos conseguir ultrapassar.
Mas onde é que surge a palavra crise no meio de todo este discurso de viver a vida? Uma das grandes barreiras das famílias é sem dúvida a crise. A falta de dinheiro levou a que muitas pessoas ficassem desempregadas, com carências económicas e alimentares, entre muitas outras necessidades. Talvez se deva a esta palavra o grande desânimo vivido pelas pessoas em geral. E é a partir desta frase que quero deixar a minha palavra de “conforto”. Mesmo passando por dificuldades (que não são meras dificuldades) devemos “tirar proveito até ao fim da corrida, pôr-nos de pé e gritar bem alto” que estamos vivos, devemos-nos sentir felizes por termos um lugar para viver, uma família para nos amar e uma estrela para nos ajudar a caminhar- Deus.
(…)
Mais um dia, mais um mês, mais um ano
Pouco a pouco, de repente o tempo voa
Estamos cá e amanhã estivemos
Perdemos tempo, lamentamos e queixamos
Acordamos mal dispostos sem vontade e nada fizemos
Life's a bitch and then you die
Aproveita, não te queixes, dá graças ao que tens
Há quem nada tenha
Damos tanta importância a coisas que nada importam
De repente alguém nos deixa e vemos que temos senha
Estamos todos na mema fila, não sabemos o nosso nome
A Solenidade da Ascensão de Jesus que hoje celebramos sugere que, no final do caminho percorrido no amor e na doação, está a vida definitiva, a comunhão com Deus. Sugere também que Jesus nos deixou o testemunho e que somos nós, seus seguidores, que devemos continuar a realizar o projecto libertador de Deus para os homens e para o mundo.
No Evangelho, Jesus ressuscitado aparece aos discípulos, ajuda-os a vencer a desilusão e o comodismo e envia-os em missão, como testemunhas do projecto de salvação de Deus. De junto do Pai, Jesus continuará a acompanhar os discípulos e, através deles, a oferecer aos homens a vida nova e definitiva.
Na primeira leitura, repete-se a mensagem essencial desta festa: Jesus, depois de ter apresentado ao mundo o projecto do Pai, entrou na vida definitiva da comunhão com Deus - a mesma vida que espera todos os que percorrem o mesmo "caminho" que Jesus percorreu. Quanto aos discípulos: eles não podem ficar a olhar para o céu, numa passividade alienante; mas têm de ir para o meio dos homens continuar o projecto de Jesus.
A segunda leitura convida os discípulos a terem consciência da esperança a que foram chamados (a vida plena de comunhão com Deus). Devem caminhar ao encontro dessa "esperança" de mãos dadas com os irmãos - membros do mesmo "corpo" - e em comunhão com Cristo, a "cabeça" desse "corpo". Cristo reside no seu "corpo" que é a Igreja; e é nela que se torna hoje presente no meio dos homens.
De uma maneira espontânea e natural, surge em nós o desejo de conviver com a Mãe de Deus, que é também nossa mãe; de conviver com Ela como se convive com uma pessoa viva, porque sobre Ela não triunfou a morte; está em corpo e alma junto a Deus Pai, junto a seu Filho, junto ao Espírito Santo. Assim, Maio, mês dedicado a Nossa Senhora, pela piedade cristã, é um convite para voltarmos o nosso olhar a esta Mãe querida para pedir-lhe que abra as mãos maternas em bênção de carinho sobre os nossos passos nesta difícil escalada da Jerusalém celeste.
Por isso, que neste mês lhe demos uma atenção especial na medida em que louvemos todos os seus santos feitos.
Música:
Tantas coisas nesta vida
Nos oferecem plenitude
E não são mais que mentiras
Que desgastam a inquietude
Tu encheste a minha vida
Ao querer-me de verdade
Eu queria boa mãe, amar-te mais
No silêncio escutavas
A palavra de Jesus
E fazias tom de vida
Meditando em Teu interior
A semente que caiu
Já germina, já está em flor
Com o coração em festa, cantarei: