sábado, 23 de janeiro de 2010

TERRAMOTO NO HAITI – apelo àsolidariedade


“O terramoto do Haiti atingiu proporções inimagináveis. Quem não se comoveu com aquelas imagens. A nossa partilha fraterna, expressão do amor que nos une a esses irmãos só pode ser generosa. Não recusemos aliviar, com a nossa generosidade, um pouco daquela dor. A Igreja Católica do Patriarcado de Lisboa quer associar-se a essa onda imensa de solidariedade suscitada em todo o mundo. Assim, sentiremos que a caridade nos projecta para a universalidade. Haverá um ofertório diocesano, realizado nas celebrações dos próximos domingos”. – da Carta do Cardeal Patriarca a todos os fiéis da Diocese de Lisboa.

Quem é que não está chocado com a tragédia do Haiti provocada pelo sismo (7.3 da escala de Richter) que deixou o país destruído !?! Milhares de mortos, milhares de soterrados, milhares de feridos, milhares de desalojados, milhares de esfomeados, inúmeros edifícios destruídos…confusão, muita confusão… muita dificuldade na organização. Num país sem infra-estruturas, desorganizado, com dificuldades de comunicação, sem telefones, com estradas fracas, com um aeroporto muito limitado para receber os voos com a ajuda, todas as dificuldades próprias duma tragédia desta dimensão tornam-se ainda maiores. Entre as muitas casas destruídas estão igrejas e instituições sociais – ficou destruída a catedral e morreu o Arcebispo e o vigário geral da Diocese. O Haiti é o país mais pobre do mundo ocidental, com 80% da população a viver abaixo do limiar da pobreza. Faz parte da sua história já vários desastres naturais: sismos, tempestades tropicais, furacões …Quantos anos e gerações não vão demorar a reconstruir este país ??? Por aquilo que investiguei sobre a sua história, também a sua crónica instabilidade política não ajuda nada. As suas deficientes estruturas explica porque é que tanta ajuda humanitária não se tornou eficiente. É certo que o terramoto destruiu as poucas estruturas que haviam. Por isso é um país que vai ficar muito dependente do auxílio externo, sujeito a muitas interferências de ordem política.. Não deveria ser a ONU a actuar ?!?


Uma lição devemos tirar. A nível interno, os países deveriam investir muito a sério em programas de protecção civil, com equipas de intervenção rápida sempre com prontidão. “Estamos a ver as barbas do vizinho a arder !” – diz o ditado. Há que tirar lições das tragédias, para nos prepararmos para o futuro, se vier a acontecer.


P. Batalha



Farol de Luz


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