sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Bento XVI apela à leitura da Bíblia


Bento XVI convidou hoje os católicos a “alimentar” a sua vida com a Bíblia, apelando a “uma escuta mais atenta das leituras e do Evangelho, em especial na Missa dominical”.

Para o Papa, “é importante reservar um certo tempo, todos os dias, para a meditação da Bíblia, para que a Palavra de Deus seja a lâmpada que ilumina o nosso caminho quotidiano sobre a terra”.

Lembrando o Sínodo de 2008, que foi dedicado à “Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”, Bento XVI destacou a “importância da aproximação espiritual às Sagradas Escrituras”.

Na audiência geral desta Quarta-feira, o Papa falou do florescimento da teologia latina no século XII e, em particular, de dois modelos centrais: o da teologia monástica e a teologia escolástica.

Bento XVI pediu que seja guardado o “tesouro da teologia monástica, uma exegese bíblica ininterrupta”.

“A leitura puramente teórica não chega para entrar nas Sagradas Escrituras, deve ler-se a Bíblia no espírito com o qual foi criada”, alertou.

Falando em português, o Papa explicou que no século XII, a partir dos mosteiros e das escolas junto das catedrais, se desenvolveram dois modelos diferentes de teologia: a «teologia monástica» e a «teologia escolástica».

“A primeira foi desenvolvida pelos monges, devotados ouvintes e leitores orantes da Sagrada Escritura, que procuravam incentivar e nutrir o desejo amoroso de Deus. A teologia escolástica é obra de pessoas cultas, de mestres desejosos de mostrar o carácter razoável e o fundamento dos mistérios de Deus e do homem, que se devem acreditar com a fé mas também compreender pela razão”, precisou.

Para Bento XVI, “fé e razão, em recíproco diálogo, vibram de alegria quando ambas são animadas pela busca duma união cada vez mais íntima com Deus”.

“Procurai iluminar o vosso caminho com a Palavra divina, ouvindo-a atentamente na Eucaristia do domingo e reservando alguns momentos em cada dia para a sua meditação”, repetiu.

Em francês, o Papa alertou para a necessidade de “amar” a verdade e defendeu que a teologia deve ser uma “sabedoria do coração”.

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