quarta-feira, 17 de junho de 2009

Relíquias de Santa Margarida Maria Alacoque



Em Portalegre-Castelo Branco, estiveram no fim-de-semana de 23 e 24 de Maio, primeiro em Abrantes, depois em Castelo Branco e por fim em Castelo de Vide, de onde foram levadas para Campo Maior, na Diocese de Évora.


Margarida Maria Alacoque nasceu no dia 22 de Agosto de 1647 em Verosvres, na Borgonha. O seu pai, juiz e tabelião, morreu quando Margarida ainda era muito jovem.


Conheceu a necessidade, vivendo ao capricho de parentes pouco generosos e nada propensos a consentir que ela realizasse a sua vocação de clausura num convento.


Dotada de grande devoção recebeu a comunhão aos nove anos e a confirmação aos 22 para a qual quis preparar-se com confissão geral; para esta confissão, preparou-se durante duas semanas de recolhimento, anotando todas as faltas que a oração e a meditação lhe davam a conhecer. Em 1673, com vinte e cinco anos de idade, a irmã Margarida Maria, recolhida em oração diante do Santíssimo Sacramento, teve o singular privilégio da primeira manifestação visível de Jesus, que se repetiu a longo de dois anos, em todas as primeiras sextas-feiras de cada mês. Em 1675 já fazia um ano que envergava o hábito das monjas da Visitação em Paray-le-Monial, depois da solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Jesus (Corpo de Deus), Jesus manifestou-se-lhe com o peito aberto e apontando com o dedo seu Coração e exclamou: "Eis o Coração que tem amado tanto aos homens a ponto de nada poupar até exaurir-se e consumir-se para demonstrar-lhes o seu amor. E em reconhecimento, não recebo senão ingratidão da maior parte deles". No último período da sua vida, nomeada mestra das noviças, teve a consolação de ver propagar-se a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, e os próprios opositores de outrora mudaram-se em fervorosos propagadores do amor de Deus pelos homens. Morreu em 17 de Outubro de 1690, aos 43 anos de idade.


Foi canonizada em 1920, mas a data da sua festa foi antecipada por um dia para não coincidir com a de Santo Inácio de Antioquia. As relíquias de Santa Maria Margarida Alacoque, que estão normalmente em Paray-le-Monial, no convento onde professou, viveu e morreu, por estes dias, têm estado de passagem por Portugal. A visita ao nosso país teve como especial motivação as comemorações do Santuário do Cristo Rei, que é um monumento ao Sagrado Coração de Jesus e, para além de se terem deslocado a esse Santuário Nacional, estão a percorrer várias dioceses portuguesas. Entre outras a nossa, Portalegre-Castelo Branco, onde estiveram no passado fim-de-semana, primeiro em Abrantes, depois em Castelo Branco e por fim em Castelo de Vide de onde foram levadas para Campo Maior, na Diocese de Évora.


A visita das relíquias, transportadas dentro de uma caixa de ouro e vidro e “guardadas” por dois Arautos do Evangelho, membros de uma Associação Internacional de Fiéis de Direito Pontifício com o mesmo nome, foi aproveitada, por muitos núcleos do Apostolado de Oração (AO), como ocasião de graça para revitalizar a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, bem como os outros aspectos da vida deste movimento e muitos foram os que se deslocaram às Igrejas onde estiveram estas relíquias. Foi também ocasião de dar a conhecer a vida desta Santa que, vivendo no séc. XVII, deixou uma herança espiritual motivadora e entusiasmante.


Diocese Portalegre-Castelo Branco


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