domingo, 31 de maio de 2009

POR UMA EDUCAÇÃO INTEGRAL


Há dias, alguém me dizia: “Já reparou na catástrofe que está a devastar o nosso querido País?! Parece que já ninguém é sério, que todos são corruptos. A campanha eleitoral é uma vergonha de maledicência sem abordar as questões europeias. São estes deputados que vamos eleger ?”

- Há dias, também ouvimos a notícia de que foi aprovada uma lei para se distribuir gratuitamente contraceptivos nas escolas. Não é isto empurrar os jovens para a imoralidade!? Pergunto: Não é desta maneira que se levam os jovens para a irresponsabilidade e para uma sociedade sem valores?! Porque é que não se preocupam com programas formativos e porque não ajudam os jovens a encontrar, e até a criar, o seu emprego? Seria bem melhor para eles e para todos.

- Estamos a chegar ao fim do ano escolar e aproveito a oportunidade para lembrar aos pais a importância de inscrever os filhos na disciplina “Educação Moral e Religiosa Católica” que tem por objectivo “uma autêntica educação integral” – uma educação para os valores da vida, da liberdade, da justiça, da responsabilidade, do respeito, do amor, do sentido comunitário, da cidadania e do desenvolvimento e da paz…

É importante perceberem a distinção de duas coisas: esta disciplina não tem intenção de impor nada aos alunos. Os alunos é que tomarão as suas decisões pelos conhecimentos que vão adquirindo. Segunda coisa: esta disciplina é muito diferente da Catequese. Uma não substitui a outra, mas completam-se. São, por isso, dois espaços distintos. Esta disciplina EMRC/Educação Moral, nas Escolas, desempenha uma função social, procurando que os alunos cheguem a um compromisso concreto na localidade. Se vós pais perceberdes que esta disciplina da Educação Moral completa claramente a formação dos alunos, não hesitareis em inscrever os vossos filhos.
É na idade escolar que os jovens conquistam a “liberdade”. Em primeiro lugar precisam de clarificar o que é “ser livre” porque muitos pensam que “ser livre” é “fazer o que cada um quer”. Mas esta liberdade é muito incompleta, porque nem tudo o que gostamos de fazer nos ajuda a ser “nós mesmos”.

O mais difícil e importante é chegar a ser donos de nós mesmos, dos nossos pensamentos e comportamentos, ser capazes de decidir o que é melhor para nós, e ter a coragem de combater as prisões em que muitas vezes vivemos e que nós mesmos construímos. A liberdade não é um presente. É uma conquista difícil, uma luta de todos os dias. Só consegue ser livre quem luta para ser livre.

Ser livre é ter um “projecto próprio de vida” e segui-lo com esforço e fé, com renúncia e sacrifício, se for necessário.

Ser livre é acreditar em valores que constroem a nossa vida e a vida dos outros: justiça, trabalho, responsabilidade, amor, amizade, perdão, diálogo…É rejeitar os contravalores e formas de viver impostos pela sociedade actual que criam pessoas passivas e conformistas.

Termino com um ensinamento do nosso mestre deste ano, S. Paulo: “Foi para que nos tornássemos livres que Cristo nos libertou”; e ainda dum outro pedagogo que é o fundador do Escutismo: “Pela educação à liberdade”.
Farol de Luz

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