sexta-feira, 15 de maio de 2009

VI Domingo de Páscoa - 17.05.09


A liturgia do 6º Domingo da Páscoa convida-nos a contemplar o amor de Deus, manifestado na pessoa, nos gestos e nas palavras de Jesus e dia a dia tornado presente na vida dos homens por acção dos discípulos de Jesus.


A primeira leitura afirma que essa salvação oferecida por Deus através de Jesus Cristo, e levada ao mundo pelos discípulos, se destina a todos os homens e mulheres, sem excepção. Para Deus, o que é decisivo não é a pertença a uma raça ou a um determinado grupo social, mas sim a disponibilidade para acolher a oferta que Ele faz.


No Evangelho, Jesus define as coordenadas do “caminho” que os seus discípulos devem percorrer, ao longo da sua marcha pela história… Eles são os “amigos” a quem Jesus revelou o amor do Pai; a sua missão é testemunhar o amor de Deus no meio dos homens. Através desse testemunho, oncretiza-se o projecto salvador de Deus e nasce o Homem Novo.


A segunda leitura apresenta uma das mais profundas e completas definições de Deus: “Deus é amor”. A vinda de Jesus ao encontro dos homens e a sua morte na cruz revelam a grandeza do amor de Deus pelos homens. Ser “filho de Deus” e “conhecer a Deus” é deixar-se envolver por este dinamismo de amor e amar os irmãos.


Reflectindo o Evangelho


Facilmente conotamos um povo, um grupo étnico, uma sociedade, com uma característica que os demarque dos demais. Associamos a alegria aos brasileiros, a meditação aos budistas, a precisão aos alemães, a resistência ao calor aos tuaregues ou a resistência ao frio aos esquimós.
Olhando bem para a evolução da espécie humana, vemos que cada um dos seus ramos se foi adaptando ao meio que o circundava, quer através de adaptações físicas, como a cor dos olhos ou o tipo de cabelo, quer através da evolução de tecnologias que lhes permitiram a sobrevivência no meio que encontraram.
A liturgia deste Domingo convida-nos a olhar para um povo ao qual pertencemos pelo baptismo – a Igreja – e para a característica que mais sobressai entre os baptizados: o amor que vivem, porque o receberam de Deus.
Jesus Cristo, ao pedir “permanecei no meu amor” (Evangelho), inaugura toda uma nova maneira de estar no mundo, que contagiou a humanidade ao longo de séculos. É um amor que vai para além da simples sensação de empatia, é um amor autêntico, provado pela morte [«Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos» (Evangelho)] e testemunhado por todos aqueles que já o sentiram quando amados por cristãos.
A grande porta de entrada para este povo de amados por Deus que se amam entre si é o baptismo (ver primeira leitura). O baptismo é o grande sinal exterior de que acolhemos na nossa dinâmica de amor os novos membros.
Depois de iniciados nesta dinâmica não podemos abandoná-la, pois estaríamos a negar a nossa própria identidade e a nossa maior referência de vida, o próprio Deus, pois “Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (segunda leitura).

Vivendo o Evangelho


O Evangelho traduz a preocupação de Jesus para que a Igreja continue a florescer mesmo depois de enviar o Espírito Santo. Para isso ficamos com o grande mandamento “que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei” (Evangelho).
Pelo testemunho da forma como amamos estamos a anunciar a nossa fé no grande gesto de amor, a morte de Jesus Cristo, e só pelo amor permanecemos nele. Só pela nossa forma de amar é que continuaremos a ser o povo do amor.
Somos, por isso, chamados a testemunhar a alegria pascal do encontro com o Ressuscitado pelos gestos concretos de amor que tomamos para com os irmãos, não nos esgotando naquilo que nos é fácil, mas sabendo também darmo-nos, tal como o Pai nos deu o amor.


Farol de Luz
A Caminho

1 comentário:

Dayana Camargo disse...

Olá!!
Faço parte da JMV de Bom Despacho-Brasil e estava olhando o blog de Carvalhal...
Parabens pelas as atividades realizadas!add no msn que está no blog!

Vamos manter contato para passar e repassar informaçoes!

Fiquem com Deus e No amor de Maria!