sábado, 21 de novembro de 2009

COMO EDUCAR, HOJE?



A semana passada escrevi a Carta aos jovens. Desta vez olhemos os pais, uns e outros. Esta semana recebi este E-mail. Vejam bem: Os pais dos alunos com comportamentos violentos nas escolas britânicas vão passar a ser multados num valor que pode ir até aos 1450 euros. ‘As intimidações verbais e físicas não podem continuar a ser toleradas nas nossas escolas, seja quais forem as motivações’ sublinhou a Secretária de Estado para as Escolas. Disse também que ‘ as crianças têm de distinguir o bem e o mal e saber que haverá consequências se ultrapassarem a fronteira’. Acrescentou ainda que ‘vão reforçar a autoridade dos professores, dando-lhes confiança e apoio para que tomem atitudes firmes face a todas as formas de má conduta por parte dos alunos’.

A governante garantiu que ‘as novas regras transmitem aos pais uma mensagem bem clara para que percebam que a escola não vai tolerar que eles não assumam as suas responsabilidades em caso de comportamento violento dos seus filhos. Estas medidas serão sustentadas em ordens judiciais para que assumam os seus deveres de pais e em cursos de educação para os pais, com multas que podem chegar às mil libras se não cumprirem as decisões dos tribunais’. O Livro Branco dá ainda aos professores um direito ‘claro’ de submeter os alunos à disciplina e de usar a força de modo razoável para a obter, se necessário.

Em Portugal, como todos sabemos, o panorama é radicalmente diferente. Por cá, continua a vingar a “teoria do coitadinho”. Pergunta-se: Como educar hoje ? E como aprender ? Sabemos que aprender é um processo biológico. Cada ser para existir e para viver tem que se flexibilizar, se adaptar, se re-estruturar,, interagir , criar e evoluir com outros. Educar é fazer experiências de aprendizagem pessoal e colectiva. Por isso, há dias caiu-me nas mãos uma revista dum movimento juvenil que apresenta como é que adolescentes fazem parte de Grupos que analisam a violência na escola e na família. Juntos puseram-se a falar sobre a volência verbal e física, o desrespeito pelos outros, os conflitos e divórcios na família, comportamentos agressivos… e alguns culpam os pais pela má educação que dão aos filhos. Perante estas realidades partilharam uns com os outros o que tinham aprendido com Jesus acerca disto e comprometeram-se a trabalhar em grupo para modificar o ambiente, reconhecendo que os mansos e os pacificadores a quem Jesus se refere no Evangelho podem ser eles… E passaram a rezar: “Senhor fazei de mim um instrumentos da vossa Paz….”.

Para uma nova organização familiar, pais e filhos necessitam de definir novos papéis com flexibilidade. Os pais não devem abdicar da sua autoridade e com afecto e negociação permanente facilitarão a autonomia adolescente.


Pe. Batalha

Farol de Luz


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