sexta-feira, 2 de outubro de 2009

ANO SACERDOTAL – a fé sem obras é morta


Estamos a celebrar o Ano Sacerdotal que o Papa propôs à Igreja, no contexto dum Jubileu de 150 anos da morte de Santo Cura d’Ars, nomeando-o patrono de todos os padres. A este propósito registei o que disse o presidente da Comissão Episcopal “Vocações e Ministérios” e com o qual me identifico: O Padre “É um homem de Deus, um discípulo de Cristo, à maneira dos apóstolos. Ao serviço da Igreja. Apaixonado pelo Evangelho. Preparado para viver em Equipa sacerdotal (Este é o grande desafio da vida sacerdotal, hoje, e por aqui passa muito do bem que os sacerdotes realizam). Aberto ao diálogo e à comunhão. Com uma imensa espiritualidade e experiência de oração”.a Caridade e o Acolhimento são duas atitudes fundamentais no seu testemunho e acção. Expressão disto foi o Santo Cura d’Ars, com a sua bondade e generosidade. Aprendamos com ele e com S. Vicente de Paulo, cuja festa a Igreja celebra hoje. Passou por tudo, desde guardador de porcos até capelão da rainha Margarida de Valois(Paris). Foi prisioneiro e foi libertador que gritou ao temido Rechelieu diante da miséria do povo: “Senhor, tende piedade de nós, dai-nos a paz”. Organizou em Paris (em S. Lázaro) uma mesa popular para dar de comer a 2.000 famintos diariamente. Homem prático, firme, dotado de sentido de humor, simples como um camponês, mas sobretudo activo, realista, dizia aos padres da sua Congregação (Vicentinos): “Irmãos amemos a Deus, mas amemo-lO às nossas custas, com a fadiga dos nossos braços e com o suor do nosso rosto”. Grande organizador fundou diversas instituições da Caridade. Nas suas pegadas vão surgir as actuais Conferências Vicentinas dois séculos depois, fundadas por um seu seguidor que foi Frederico Ozanan. Um dos objectivos essenciais das Conferências era dar aos privilegiados da fortuna ou da cultura um meio de “aprender a descobrir as causas da miséria pública” e a elaborar “a ciência das reformas benéficas”. Ozanan escreve: “A questão que divide os homens dos nossos dias, já não é uma questão de forma política, mas uma questão social”, trata-se de saber quem levará a melhor o espírito do egoísmo ou o espírito de sacrifício; se a sociedade será uma grande exploração em proveito dos mais fortes ou uma consagração de cada um para o bem de todos e sobretudo para a protecção dos fracos. Capaz de renunciar às solicitações mundanas. Disponível para ouvir e dar orientações. Porém,

O objectivo da Caridade e Acolhimento destacou outros como S. João de Deus, o Padre Américo e Madre Teresa de Calcutá. João de Deus também começou pastor e camponês, foi militar e depois quando tinha uma livraria em Granada, ouvindo um sermão, mudou de vida. Vendeu tudo e deu aos pobres. Andava pelas ruas pedindo esmola e acabou por se dedicar aos enfermos, fundando um hospital.


Caridade e Acção social, porque “a Fé sem obras é morta”, ouvíamos no domingo Santiago. O Padre Américo criou e desenvolveu com dedicação evangélica a ‘Obra da Rua’ para acolher rapazes perdidos nas ruelas miseráveis.


A nova encíclica de Bento XVI “Caridade na Verdade” contém uma série de orientações práticas.


P. Batalha

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