terça-feira, 23 de junho de 2009

S.PAULO E Stº CURA D’ARS: uma Igreja dinâmica


Está a terminar o Ano Paulino e S. Paulo foi e é um grande desafio à Igreja e a todos os homens e mulheres do nosso tempo.


Com ele muita coisa se fez, mas neste momento devemos avaliar, perguntando:
1-Que aprendemos neste Ano de S. Paulo?
2-Que métodos de evangelização ele utilizou num mundo não cristão?
3-Que modos, que linguagem, que métodos usar, perante os ídolos que, hoje, se adoram? (o dinheiro, a ganância de ter sempre mais a qualquer preço; a ambição do poder para favorecer interesses egoístas; o individualismo que nos fecha à cidadania; o prazer fácil industrializado que não obedece a regras; o sentimento de que sou livre para fazer o que me apetece; a impunidade na corrupção ou economia paralela; a irresponsabilidade; …)
4- Houve alterações no nosso comportamento cristão?
5- S. Paulo criou muitas Comunidades cristãs; e nós criámos pequenos grupos ou comunidades, onde a Fé se pode desenvolver em clima de amizade e confiança?
6- Como impulsionar e testemunhar os valores do Reino, com a preocupação em celebrar em conjunto a mesma Fé que salva, a mesma Esperança que nos dá força nos difíceis caminhos de crer e a mesma Caridade que é o sinal distintivo dos discípulos de Cristo, todos unidos pela Eucaristia, o centro e o motor de toda a acção eclesial?
7- Temos aprendido a ler “os sinais do nosso tempo”, à luz do Evangelho, para responder às eternas questões que os homens e as mulheres sempre colocam, embora de maneira diferente, em cada época?

Estas e porventura mais outras questões devemos reflectir uns com os outros.

Celebrado este Jubileu dos 2.000 anos de S. Paulo, começamos outro Jubileu dos 180 anos de Santo Cura d’Ars. Dois apóstolos de Jesus Cristo. Estilos completamente diferentes.

Para perceber a diferença, reparemos na simplicidade deste Prior de Ars. Disse-lhe o seu Vigário Geral, por ocasião da sua nomeação:
“É uma Paróquia pequena, onde não há muito amor a Deus. Deverá levá-lo para lá.»

O Santo Cura de Ars nunca saiu ao adro da Igreja para chamar as pessoas, nem correu pelas ruas para agitar a indiferença dos paroquianos e nunca os reprovou. De joelhos diante do sacrário e da imagem da Virgem Maria, permanecia longos tempos em oração, comendo apenas o necessário para viver, dormindo poucas horas durante a noite. Ainda que distraídos, os paroquianos começaram a ajudar. Vendo o Pároco ajoelhado, ajoelhavam-se também, e rezavam com ele. A localidade de Ars converteu-se num caminho de peregrinação. Os peregrinos acorriam desde o amanhecer àquela igreja que 30 anos antes se encontrava vazia: «Diga-me onde está Ars e eu indicarei o caminho do Céu», tinha dito S. João Maria Vianney a um pastor antes de chegar à sua Paróquia.

Como vemos, embora em estilos diferentes, ambos dão-nos o exemplo do que deve ser o objectivo de quem assume responsabilidades na Igreja (padres, religiosos, missionários, leigos, catequistas, …): CONSTRUIR A IGREJA DE JESUS.


Ao terminar este ano pastoral já se nos abre a porta para novo ano de actividades.

Pe. Batalha


Farol de Luz

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