sábado, 2 de maio de 2009

IV Domingo de Páscoa - 3.05.09


O 4º Domingo da Páscoa é considerado o “Domingo do Bom Pastor”, pois todos os anos a liturgia propõe, neste domingo, um trecho do capítulo 10 do Evangelho segundo João, no qual Jesus é apresentado como “Bom Pastor”. É, portanto, este o tema central que a Palavra de Deus põe, hoje, à nossa reflexão.
O Evangelho apresenta Cristo como “o Pastor modelo”, que ama de forma gratuita e desinteressada as suas ovelhas, até ser capaz de dar a vida por elas. As ovelhas sabem que podem confiar n’Ele de forma incondicional, pois Ele não busca o próprio bem, mas o bem do seu rebanho. O que é decisivo para pertencer ao rebanho de Jesus é a disponibilidade para “escutar” as propostas que Ele faz e segui-l’O no caminho do amor e da entrega.
A primeira leitura afirma que Jesus é o único Salvador, já que “não existe debaixo do céu outro nome, dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos” (neste “Domingo do Bom Pastor” dizer que Jesus é o “único salvador” equivale a dizer que Ele é o único pastor que nos conduz em direcção à vida verdadeira). Lucas avisa-nos para não nos deixarmos iludir por outras figuras, por outros caminhos, por outras sugestões que nos apresentam propostas falsas de salvação.
Na segunda leitura, o autor da primeira Carta de João convida-nos a contemplar o amor de Deus pelo homem. É porque nos ama com um “amor admirável” que Deus está apostado em levar-nos a superar a nossa condição de debilidade e de fragilidade. O objectivo de Deus é integrar-nos na sua família e tornar-nos “semelhantes” a Ele.
Reflectindo o Evangelho

Certamente já todos tivemos a ocasião de poder admirar uma bela paisagem na montanha com um rebanho a pastar, acompanhado muitas vezes por um cão e um pastor.
Ora, é precisamente através desta imagem que a liturgia apresenta Jesus: Ele é o Bom/Belo Pastor.
São de realçar, no Evangelho, sete verbos que podem caracterizar a identidade deste tão Bom e Belo Pastor: protege, procura, corre, abriga, defende, conhece, dá.
O bom pastor protege o seu rebanho como um pai ou uma mãe protege os seus filhos. Procura as melhores pastagens para as ovelhas, pois quer que elas tenham muita vida, vida em abundância, quer que se “alimentem bem” para terem “saúde”; se alguma ovelha se perde, corre à sua procura até a encontrar e, por isso, abriga o seu rebanho no redil, para que se sintam em segurança, mesmo no meio das tempestades e indecisões da vida, defendendo-as quando aparecerem os lobos para atacar. Ele não despreza nenhuma das suas ovelhas e está sempre atento, pois conhece cada cordeirinho ou cada ovelha pelo seu nome e bem sabe que ainda existem muitas ovelhas que não O conhecem, daí que não descansa enquanto não constituir um só rebanho, distinguido pela unidade, pela comunhão, pela solidariedade, pela justiça… Enfim, o bom/belo pastor dá todo o seu tempo e toda a sua vida num desgastar-se contínuo em favor do seu rebanho.
S. João, na segunda leitura, exorta-nos a tomarmos consciência do grande amor que Deus tem por cada um de nós: “seremos semelhantes a Deus”. Ora, se seremos semelhantes a Deus, imitemos já nesta vida as grandes virtudes de Jesus, o Bom Pastor, tenhamo-Lo como centro da nossa vida, sem O qual todo o sentido da nossa existência se desmorona, pois Jesus é a Pedra Angular e “em nenhum outro há salvação” (ver 1ª Leitura).
Vivendo o Evangelho

No meio da azáfama deste mundo, vivemos confusos no cruzamento de tantas vozes que, à primeira vista, parecem seduzir-nos, pelo seu facilitismo e pelo seu prazer, mas que, no fundo, não realizam verdadeiramente ninguém, são ocas, ilusórias.
Não foi pelo facilitismo nem pelo belo prazer que Jesus deu a sua vida em prol de toda a humanidade, sobretudo, dos que andavam dispersos, como ovelhas sem pastor. Foi esta a missão que o Pai lhe confiara.
Mas a missão continua: ainda hoje existem muitos rebanhos que não querem conhecer nem ser conhecidos, que não ligam, que permanecem no egoísmo. Isto pode mesmo acontecer entre os movimentos de apostolado das nossas comunidades, nas nossas famílias, com os nossos colegas da escola ou do emprego…
Eis o desafio: gastemos a nossa vida naquilo que realmente pode realizar o ser humano e identificá-lo: a felicidade do outro.
Fonte:
A Caminho
Farol de Luz

1 comentário:

jmv Bom Despacho disse...

Ola sou Rafael da JUVENTUDE MARIAL VICENTINA de Bom Despacho (BRASIL)

É com muita alegria que visitei o blog de voçês, é com muita alegria que convido a voçês a conhecer o nosso blog.
jmvbd.blogspot.com

ABRAÇO MARIAL E VICENTINO