sábado, 30 de maio de 2009

Amor de Mãe


Figuras existem que, de maneira privilegiada, concentram e irradiam cuidado: as nossas mães e as mães de nossas mães – as nossas avós. Ser mãe é mais do que uma função; é um modo de ser que engloba todas as dimensões da mulher-mãe: o seu corpo, a sua mente e a sua espiritualidade. Com seu cuidado e carinho, a mãe continua a gerar os filhos e as filhas durante toda a vida. E, nos momentos de perigo, as mães são invocadas como referência de confiança e de salvação. É através das mães que cada filha e filho aprendem a ser «mãe» de si mesmos, na medida em que aprendem a aceitar-se, a perdoar as próprias fraquezas e a alimentar o desejo do acolhimento.


Maria, a mulher ao serviço do bem


Maria de Nazaré fez a experiência de ser mãe ao predispor-se para gerar Jesus, ao acolher a semente do amor no seu seio jovem e generoso. Na sua opção generosa e alegre, Maria também viveu a grande aventura do amor que tem como objectivo final acolher e promover a vida, permitindo-lhe realizar-se em plenitude.
Desde o nascimento de Jesus até ao momento em que Ele foi rejeitado e morto pelos poderosos e opressores dos pobres, Maria jamais abandonou o seu filho, mas manteve sempre a presença de que Jesus precisava para empreender a Sua obra de compaixão e de libertação. Maria soube escutar, compreender e confortar o seu filho e os que com Ele faziam o caminho das trevas para a Luz, do medo para a confiança.

Com Maria renovamos o mundo


Com Maria, a amável virgem de Nazaré, também nós somos chamados por Deus a vivermos como verdadeiras sementes de fraternidade e de comunhão. Nós podemos aprender como ultrapassar todas as tendências individualistas e egoístas que ferem os nossos corações e não nos deixam crescer na liberdade e na responsabilidade criativa.
Na vivência da nossa vocação, a presença de Maria permitir-nos-á ultrapassar as nuvens do egoísmo ameaçador, que não nos permite ver a beleza do serviço generoso à vida; privando a sociedade dos mais preciosos bens, como a confiança, partilha e comunhão.
Só o aprofundamento da comunhão com Deus e entre nós nos permitirá ver que a vida é essencialmente uma experiência de amor e que, à semelhança do amor de Deus, leva à alegria de viver. Esta experiência dar-nos-á a força e a confiança suficientes para destruir todos os fermentos e ameaças internas e externas de divisão. É a comunhão, baseada na confiança, no diálogo e noutras formas de comunicação e de conhecimento mútuo, que permite a partilha de vidas.



Audácia


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