sábado, 25 de fevereiro de 2012

Nada acontece por acaso



Bem quando me disseram que agora toda a gente tinha de escrever um texto para pôr no nosso blog eu pensei logo “ai mais uma dor de cabeça…” não tenho jeito para estas coisas, sempre preferi os números às letras!
Depois comecei a pensar no que escrever…disseram que podia ser um texto de opinião então pensei comentar uma citação ou uma música que gostasse. Logo me veio à cabeça que ”nada acontece por acaso”, e esta ideia de escrever textos até pode ser uma grande ideia (apesar de eu não gostar muito), quem sabe não descobrimos um ou vários grandes talentos da literatura dentro do nosso grupo? Ou ainda, esta é uma boa maneira de quem não se consegue expressar verbalmente ou que nunca teve coragem de dizer algo, poder escreve-lo agora neste nosso ‘cantinho’ do blog, e é uma maneira de darmos mais vida e cor ao nosso blog =)
Mas esta é uma expressão que não se aplica só aqui…se formos a pensar bem, em qualquer momento da nossa vida já nos deparámos com algo menos bom, e é nesses momentos que nos lembramos quase sempre de Deus “onde estás tu agora que preciso?”. Quantas ‘pedras’ não encontrámos já no nosso caminho? Se formos a pensar bem, esses obstáculos que vamos encontrando aparecem por alguma razão, provavelmente porque não estamos a dar o devido valor à vida ou porque não estamos a seguir o rumo certo. E como um dia uma pessoa, muito querida para mim, me disse “Deus não nos coloca obstáculos que não saiba que os consigamos ultrapassar”.
Por isso, pedras no teu caminho, apanha-as todas, um dia vais construir um castelo ;P
Deus está la sempre, nós é que nem sempre o conseguimos ver!






Com muito esforço e carinho,
Sandra Pires

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

I Domingo do Tempo da Quaresma - Ano B





No primeiro Domingo do Tempo da Quaresma, a liturgia garante-nos que Deus está interessado em destruir o velho mundo do egoísmo e do pecado e em oferecer aos homens um mundo novo de vida plena e de felicidade sem fim.A primeira leitura é um extracto da história do dilúvio. Diz-nos que Jahwéh, depois de eliminar o pecado que escraviza o homem e que corrompe o mundo, depõe o seu “arco de guerra”, vem ao encontro do homem, faz com ele uma Aliança incondicional de paz. A acção de Deus destina-se a fazer nascer uma nova humanidade, que percorra os caminhos do amor, da justiça, da vida verdadeira.




No Evangelho, Jesus mostra-nos como a renúncia a caminhos de egoísmo e de pecado e a aceitação dos projectos de Deus está na origem do nascimento desse mundo novo que Deus quer oferecer a todos os homens (o “Reino de Deus”). Aos seus discípulos Jesus pede – para que possam fazer parte da comunidade do “Reino” – a conversão e a adesão à Boa Nova que Ele próprio veio propor.




Na segunda leitura, o autor da primeira Carta de Pedro recorda que, pelo Baptismo, os cristãos aderiram a Cristo e à salvação que Ele veio oferecer. Comprometeram-se, portanto, a seguir Jesus no caminho do amor, do serviço, do dom da vida; e, envolvidos nesse dinamismo de vida e de salvação que brota de Jesus, tornaram-se o princípio de uma nova humanidade.





Fontes:

Eclesia

SDPL Viseu

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A separação entre a Igreja e o Estado

A separação da Igreja do Estado está directamente relacionada com aquela que é uma das principais liberdades do homem: Liberdade de Religião. Este tema é muitas vezes criticado no seio da comunidade católica e até muito sensível no meio dela. Há quem defenda que a população portuguesa deva ter apenas uma religião: a católica, e assim seguir o catecismo e as diretrizes da mesma e aplicá-la na Educação, no Estado Social, na Saúde, na Justiça e em tudo o que são políticas. Outra parte da comunidade católica defende que o Estado seja laico, ou seja, não tenha nenhuma religião visto que a população portuguesa é constituída por católicos, muçulmanos, hindus, budistas, etc, preservando assim o direito à escolha de religião, sendo esta um dos direitos constituintes da Carta dos Direitos Humanos.

Na minha opinião, creio que uma religião deve ser acima de tudo uma escolha do individuo. É verdade que isto está tudo relacionado não com a fé, mas sim com a visão que as pessoas têm ao longo dos tempos de Deus. Vemos isso na própria Bíblia; se olharmos para o antigo testamento temos uma visão de um Deus mais punidor e de “respeito”, enquanto que se olharmos para o novo testamento temos uma visão de Deus mais próximo, um Deus de Amor. Deus dá-nos uma liberdade de escolha e isso é característico de um Pai que ama os seus filhos. Se olharmos bem para as fundações da nossa sociedade laica actual, conseguimos encontrar bases do catolicismo, o que me parece bastante correto. Basta ver-mos o nosso Código Civil que é baseado no Código do Direito Canônico, pois este é aquele que mais respeita as pessoas e que mais justo é. Nós portugueses, quer queiramos quer não queiramos, há uma coisa que somos que é ser português, e isto inclui herdar a nossa cultura, o nosso passado, a nossa língua, a nossa afectiva maneira de ser e por isso herdamos também a religião como parte intrínseca da nossa cultura.

A realidade é que também a Igreja Católica, mais do que o Estado, está presente no dia-a-dia dos portugueses, seja nas nossas Paróquias, nas Associações, nos Movimentos ou na Educação, a Igreja tem um papel fundamental na protecção dos mais carenciados. Se não fosse a Igreja a ajudar os mais carenciados, ninguém ajudava, pois o Estado, derivado aos interesses políticos, e devido à ineficácia das políticas, esquece-se muitas vezes daquilo que é o Estado social, na defesa dos mais pobres. A Igreja é suporte universal de qualquer sociedade especialmente na defesa dos mais idosos, dos mais carenciados, dos doentes e na luta contra a fome.

Mafalda Guia

Vogal de Caridade e Missão

sábado, 11 de fevereiro de 2012

VI Domingo do Tempo Comum | 12.02.2012

A liturgia do 6º Domingo do Tempo Comum apresenta-nos um Deus cheio de amor, de bondade e de ternura, que convida todos os homens e todas as mulheres a integrar a comunidade dos filhos amados de Deus. Ele não exclui ninguém nem aceita que, em seu nome, se inventem sistemas de discriminação ou de marginalização dos irmãos.
A primeira leitura apresenta-nos a legislação que definia a forma de tratar com os leprosos. Impressiona como, a partir de uma imagem deturpada de Deus, os homens são capazes de inventar mecanismos de discriminação e de rejeição em nome de Deus.
O Evangelho diz-nos que, em Jesus, Deus desce ao encontro dos seus filhos vítimas da rejeição e da exclusão, compadece-Se da sua miséria, estende-lhes a mão com amor, liberta-os dos seus sofrimentos, convida-os a integrar a comunidade do “Reino”. Deus não pactua com a discriminação e denuncia como contrários aos seus projectos todos os mecanismos de opressão dos irmãos.
A segunda leitura convida os cristãos a terem como prioridade a glória de Deus e o serviço dos irmãos. O exemplo supremo deve ser o de Cristo, que viveu na obediência incondicional aos projectos do Pai e fez da sua vida um dom de amor, ao serviço da libertação dos homens.

Fontes:
Ecclesia
SDLPViseu

HÁ VIDA NO DESERTO

Por vezes, podemos estar rodeados de pessoas, que até gostam da nossa presença e sentirmo-nos sozinhos. Nos dias que correm esta situação torna-se cada vez mais frequente, porque pra termos amigos, é preciso cativá-los, e como não é possível comprar amigos nos comerciantes, vamos deixando de os ter, porque essa história (ou se calhar treta) do cativar, dá muito trabalho e já não se usa...

E seguimos a nossa vida, "contentes e felizes" porque vamos ao café, aqui e ali, e encontramos sempre gente conhecida, e isso é porreiro... sou popular, dou-me bem com toda a gente! Sou um gajo fixe! Mas quando chega a altura do "alguém me pode ajudar?" fazem todos orelhas moucas e pior que isso, é depois do problema estar resolvido, bem ou mal, com mais ou menos ajuda e mais ou menos dificuldades, virem com um "ah e tal, porque é que não disseste nada, ali e além era melhor, ou desta ou daquela maneira..." e sentimo-nos imbecilmente como num deserto, onde não há de facto ninguém com quem contar a não ser nós próprios!

Mas, tal como no deserto há vida se a soubermos procurar, também no meio dessas multidões-desertos há vida! Há amizade, há pessoas que querem ser cativadas, e que nos conseguem cativar! Por vezes, quando menos esperamos, por vezes, em situações banais e simples, ou até complicadas! Isso agora pouco importa! O que verdadeiramente importa, é que elas estão lá, prontas a ser descobertas, tal como a vida no deserto... e qual não é a nossa surpresa e alegria quando essa descoberta é feita?!

Sim, é muito complicado, e podemos penar muito nessa busca, que muitas das vezes não é recompensada, muito pelo contrário... mas, quando encontramos essa VIDA, o que se ganha com isso supera em muito o esforço dispendido para a encontrar!

Há que não desistir, e seguir em frente... e procurar, debaixo de cada pedra, em cada palmo de terra, nos lugares mais improváveis... porque, há vida no deserto... e ela está à espera de ser descoberta!


João Gonçalves,
Vogal de Formação

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Fotos JAJ: Abrantes

JAJ: Abrantes



V Domingo do Tempo Comum | 05.02.2012

A liturgia do 5º Domingo do Tempo Comum reflecte sobre estas questões fundamentais. Garante-nos que o projecto de Deus para o homem não é um projecto de morte, mas é um projecto de vida verdadeira, de felicidade sem fim.
Na primeira leitura, um crente chamado Job comenta, com amargura e desilusão, o facto de a sua vida estar marcada por um sofrimento atroz e de Deus parecer ausente e indiferente face ao desespero em que a sua existência decorre… Apesar disso, é a Deus que Job se dirige, pois sabe que Deus é a sua única esperança e que fora d’Ele não há possibilidade de salvação.
No Evangelho manifesta-se a eterna preocupação de Deus com a felicidade dos seus filhos. Na acção libertadora de Jesus em favor dos homens, começa a manifestar-se esse mundo novo sem sofrimento, sem opressão, sem exclusão que Deus sonhou para os homens. O texto sugere, ainda, que a acção de Jesus tem de ser continuada pelos seus discípulos.
A segunda leitura sublinha, especialmente, a obrigação que os discípulos de Jesus assumiram no sentido de testemunhar diante de todos os homens a proposta libertadora de Jesus. Na sua acção e no seu testemunho, os discípulos de Jesus não podem ser guiados por interesses pessoais, mas sim pelo amor a Deus, ao Evangelho e aos irmãos.


Fontes:
Ecclesia
SDPLViseu