terça-feira, 28 de julho de 2009

UMA SÓ COISA É NECESSÁRIA


A LUZ APELA AO DIVINO


Quando se cantam as maravilhas de Deus, o coração estremece de gratidão. Uma vez que essas maravilhas são sempre a favor dos homens. E no caso da primeira leitura (refiro-me ao livro do Êxodo), Moisés e o povo fazem uma sinfonia: Moisés faz de solista, repetindo o que ouve do Senhor e transmitindo-o ao povo, com fidelidade e o povo, por sua vez, responde em coro, contagiando o próprio deserto de entusiasmo e confiança.

Na realidade, cantar não é apenas entoar uma melodia sabida; é vibrar de alegria e comoção, ao saborear o que se diz e ao sentir como os ouvintes se deixam contagiar. E as palmas finais, também fazem eco dessa alegria ambiental que se prolonga ritmadamente e põe em comunhão quem actua e participa.

Claro que Moisés não tinha partitura nem trazia do Egipto melodias ensaiadas. Mas a experiência de maravilhas, isso sim (e o Mar Vermelho era testemunha!). Além disso, o monte Sinai, no meio do deserto, tornou-se um lugar de diálogo e intimidade com Deus, e o povo ia adquirindo consciência da importância da ‘mediação’, através de Moisés e, mais tarde, dos profetas. Não há dúvida que um bom regente compromete e harmoniza todo o coro e empolga a assistência. Foi assim naquele tempo, e é hoje, quando pela fé nos sentimos igualmente profetas e pela convicção damos testemunho com a vida e fazemos comunhão. E tudo isto é missão e apelo à santidade.

Moisés, entretanto, cobria o rosto com um véu, como quando o regente (ou ‘maestro’) se retira do palco, para interiorizar o êxito obtido, à conta do coro todo. Simplesmente, Moisés sabia a quem atribuir a transparência do seu rosto, e queria que o povo desse graças a Deus e não desafinasse, à conta dos desalentos e da tentação dos ídolos, que o seduziam ainda. O coração de Moisés era inteiramente atraído por Deus; e ele, olhando para o mesmo Deus, queria que o povo se deixasse atrair também, até à ‘sinfonia’ dos Mandamentos acolhidos com entusiasmo e cantados com a vida. Só assim, a melodia seria perfeita e o povo sentir-se-ia ‘povo de Deus’.

Mas voltando a olhar para o cenário, assiste-se a um ritual de entradas e saídas ritmadas, que não fazendo parte da melodia, ajudam a concentrar as atenções e a apreciar os personagens. Ora, com a ‘Tenda da reunião’, acontecia algo de semelhante: o povo aguardava que Moisés se demorasse no interior da Tenda e na intimidade com Deus; e, depois de sair, escutava as palavras de Moisés, como se ouvisse a voz de Deus. Será assim a nossa vida contemplativa? E a nossa oração, feita a sós e em comunidade? O mundo é maior no nosso coração do que em toda a geografia do espaço: isto, quando Deus está presente e é o centro da nossa vida. Então, entremos na Tenda mais vezes e guardemos silêncio (sabendo, muito embora, que o mundo não entende este gesto e até o classifica como desperdício!).


RESSURREIÇÃO É VIDA


Entretanto, a sinfonia prossegue, agora, em Betânia, sendo mais bela ainda. Pois, a Tenda da reunião já não fica à beira do Sinai (nem sequer dos montes: Sião, Ebal ou Garizim), mas onde Deus é Emanuel, isto é, Deus-connosco. E a libertação da escravidão mais radical – que é a morte, é feita pela vida. Quer dizer: Jesus volta a página da partitura e manda sair Lázaro do túmulo. Não que esta seja a melodia mais perfeita; mas, para fazer entender a Marta, aos discípulos e aos curiosos do tempo, que Deus a vai compor doutro modo, e bem diferente da que se respirava na tradição judaica. Com efeito, esta acreditava que Deus devolveria a vida aos que tivessem cumprido a Lei, compensando-os de todos aqueles bens que não tinham podido usufruir nesta vida. E tal compensação era imaginada ao jeito duma vida corrigida, melhorada, e muito ao gosto dum conceito materialista.

Jesus, porém, assumindo a regência do coro, faz com que a ressurreição e a vida sejam termos afins e afinados; isto é: a ressurreição é vida e a vida é ressurreição. E, assim, esta melodia resulta harmoniosamente perfeita! Simplesmente, Marta e os demais (que somos nós, também), deviam prestar atenção às palavras de Jesus, pois aquilo que na tradição judaica (o julgamento e a vida) só haviam de ter lugar no fim dos tempos… com Jesus a reger, tornam-se realidades actuais. Ou seja, aquilo que Deus – autor da vida, realiza na hora da consumação (ou glorificação) de Jesus, também o comunica aos seus fiéis, desde que depositem fé naquele Seu ‘enviado’.

Deste modo, a narração de João, sobre a ressurreição de Lázaro, aparece corno uma representação plástica da afirmação feita por Jesus e a Seu respeito: ‘ressurreição e vida’. E o que quer isto dizer, afinal? Que Jesus, sendo Vida, também a comunica aos seus. Ou, doutro modo, ainda: quem acolhe a Sua palavra e acredita n’Aquele que O enviou, já passou da morte à vida. Por isso, o coro da fé que Jesus rege (pois, a Igreja é Ele e nós!), ecoa, simultaneameente, no tempo e na eternidade, E os outros coros que cantam as maravilhas de Deus, devem ter isto bem presente. Ou será que a Vida (com letra maiúscula) não merece ser cantada com vozes afinadas e vocalização bem treinada? Para isso, são necessários esforços como este, que tanto dignifica a Liturgia e vai dando brio e inspiração às Dioceses. E, ao mesmo tempo, desperta novos candidatos que apetecem a música sacra e enriquecem os coros das Igrejas.

Mas voltemos ao texto do Evangelho, para não comprometer o canto e a melodia. Já são três os participantes (Marta, Maria e Lázaro), além dos Doze que acompanham Jesus. Outros que chegam, trazem mais curiosidade do que vontade de entrar no coro. Pois, acham que ressuscitar um morto, pode angariar mais adeptos a favor do Nazareno. E, aqui, a desafinação é total, afirmando: precisamos de dar conta deles!… E isto deixa-nos a sensação da cultura da morte, de que o nosso tempo é fértil!

Jesus, porém, como garantia da vida, não nos dispensa, decerto, da morte natural; mas oferece muito mais do que Marta pedia. Pois, a morte do crente já não é a destruição e o fim, como se nela ficasse sepultado; é, antes, a superação da morte conseguida pela vida. isto, ao jeito dos contrastes musicais, entre o mais piano e mais forte, e que empolgam a assistência, ao longo dos concertos. E porquê, assim? Porque Deus, que é vida, não pode nem quer abandonar os seus, no momento derradeiro ou supremo. O que faz, é introduzi-los no Reino, onde já não há lugar a pranto nem a dor e, muito menos, a morte. Por isso, convém corrigir a liturgia funerária, comunicando mais esperança e menos lágrimas; posto que estas exprimam sentimentos que falam de amor e saudade.

Sobretudo, precisamos de olhar para o divino crucificado e sentir a vida que Ele inspira e a esperança que Ele oferece. Ou, se quisermos, ainda: ouvindo, de novo, as palavras ditas a Marta: “Quem acredita em Mim, embora venha a morrer, viverá; e todo aquele que acredita em Mim, nunca mais morrerá. Á creditas nisto”? “Eu acredito, Senhor”… respondeu Marta. Façamos também nós, este acto de fé. Rezado ou cantado? Com a vida, que engloba as duas coisas. Mas, sempre, no intuito de valorizar a Liturgia, cantando encantando. Pois, tudo isto deixa no coração um sabor a paz e enche a vontade de gratidão. E se o serviço de Marta a inquieta, e inquieta a Jesus por causa de Maria, tudo se harmoniza no compasso final, com que o Mestre (ou ‘maestro’) sabe encerrar o concerto, sublinhando o essencial: “unum est necessarium”!


Fátima, 29 de Julho de 2009 – ENCONTRO NACIONAL DE LITURGIA
Farol de Luz

segunda-feira, 27 de julho de 2009

"Mensageiros em Missão 2009" | Calendário de Actividades


Os Mensageiros de Maria, grupo de jovens de Borba, encontram-se mais um ano, a missionar em Carvalhal.

Ao longo da semana irão realizar as seguintes actividades abertas à comunidade:


Terça-Feira Dia 28
21.30 h - Encontro de Jovens


Quarta-Feira Dia 29
16h - Encontro de crianças
21.30h - Eucaristia


Sexta-Feira Dia 31
21.30h - Teatro


Sábado Dia 1
21.30h - Vigília de Oração



Apareçam a venham viver a fé missionando!



Festival Jota juntou 1800 jovens em festa

Maior manifestação da música cristã inundou Aveiro. Edição de 2010 será em Paredes de Coura


A terceira edição do Festival Jota terminou este Domingo, em São Jacinto, em ambiente de grande festa, afirmando-se, definitivamente, como o maior evento de música cristã em Portugal. Cerca de 1800 pessoas passaram pela Aldeia Jota, ao longo deste fim-de-semana.

Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a organização diz que este foi um evento que superou todas as expectativas. Conforme realçou o Director do Secretariado Diocesano de Pastoral Juvenil e Vocacional (SDPJV), Pe. Rui Barnabé " o Festival Jota deu um passo em frente surpreendendo aqueles que tiveram a oportunidade de passar, participar e viver três dias verdadeiramente intensos." Como explica o mesmo responsável "conseguimos conquistar mais jovens, triplicando os números de participação e atingindo novos públicos com uma qualidade que muito nos orgulha, ultrapassando as 1800 pessoas envolvidas".

O Festival culminou com a eucaristia de Domingo presidida por D. António Francisco dos Santos, Bispo de Aveiro, que fez questão de se dirigir especialmente aos jovens na sua homilia, "no mesmo espaço, amplo e aberto, do Festival que para São Jacinto vos guiou, vindos de todo o país, esta foi uma enorme festa da fé, da alegria e da esperança. Cristo mostrou-vos que o rumo certo que aqui vos trouxe vos conduzirá sempre Aquele que dá sentido e valor à vossa vida".

"A Eucaristia de hoje dá pleno sentido à festa da fé, da alegria, da esperança e da vida que aqui nos trouxe. Cristo está aqui e Ele faz a diferença", disse o Bispo, na sua homilia, após dias preenchidos por concertos, workshops e conferências sobre diversos temas.

Para o Bispo de Aveiro, são muitos "os campos de vida e os espaços de acção que esperam pelos jovens cristãos: a família, a escola, o trabalho, o lazer, o convívio, a comunidade cristã, o mundo associativo, cultural e político, o voluntariado, a procura da justiça e o serviço solidário aos que mais sofrem, entre tantos outros".

Comentando as leituras proclamadas na celebração, D. António Francisco dos Santos disse que "os milagres divinos iluminam os olhos humanos e dão valor às coisas multiplicadas e sentido à vida das pessoas e das multidões".

"Somos chamados a ser testemunhas destes milagres. Queremos ser discípulos e profetas, com um olhar rasgado pelos horizontes novos da humanidade, dando atenção à voz de Deus e alimentando de vida, de alegria, de fé, de esperança, de caridade e de verdade o nosso tempo.", apontou.

O Bispo de Aveiro convidou os presentes a "vencer o medo sentido pelos que pensam que têm pouco para repartir e receiam ficar sem nada".

"Todos desejamos um mundo melhor e uma Igreja renovada. Nem o mundo melhor é possível nem a Igreja renovada estará ao nosso alcance sem vós, caríssimos jovens", precisou.

Mais à frente, falando sobre a vocação particular que cada um é chamado a viver, D. António Francisco dos Santos indicou que "só Cristo pode fazer a diferença, iluminar o caminho e desvendar segredos e sonhos de Deus. Só Ele é fonte de vida e horizonte de felicidade".

Rock e reflexão

A música, mote desta festa, fez-se ouvir um pouco por todo lado desde sexta-feira, dos concertos na praia aos palcos por onde passaram alguns dos grupos mais conhecidos do grande público. Nas duas noites de concertos o cartaz deste festival surpreendeu todos os presentes, que não se cansaram de saltar e cantar no relvado. Destacam-se destas actuações os espanhóis La voz del Desierto, a sonoridade intimista dos Simplus, o pop funk da música de Heber Marques, fazendo jus à vertente ecuménica, e a apresentação do último trabalho da Banda Jota, "Obrigatório Ser". Nesta terceira edição os Jovens em Movimento, de Avanca, foram a banda vencedora do Teu Palco.

Sábado foi o grande dia deste certame com os participantes envolvidos em dezenas de fóruns e workshops que transformaram este festival num espaço privilegiado de aprendizagem e experiência. D. Ximenes Belo, Laurinda Alves, Aura Miguel e muitos outros foram provocando os jovens para temáticas como a participação cívica, a construção da paz e experiências de fé no Mundo. A tarde desafiou os jovens à acção em 35 workshops que da ria ao mar, do desporto à cultura, permitiram experimentar e aprender actividades como canoagem, olaria, surf, risoterapia, fotografia, dance fusion, entre outras.

Ao longo dos três dias foi bem notada a matriz cristã deste festival. Nas manhãs da Aldeia Jota foi possível participar em orações conduzidas por carismas diferentes, aproveitar a tenda de oração permanente e terminar a noite numa ritmada Cristoteca, onde sons de música electrónica se fundem com músicas de mensagem.

No final, o Pe. Jorge Castela, Director Artístico do Festival Jota, anunciou que a IV edição terá lugar em Paredes de Coura. Será na praia do Tabuão, destino habitual de muitos jovens em todos os verões, que, nos dias 23, 24 e 25 de Julho de 2010, decorrerá o próximo Festival Jota. Esta informação foi também comunicada à Agência Ecclesia pelo Secretariado da Pastoral Juvenil da Diocese de Viana do Castelo.


Agência Ecclesia


domingo, 26 de julho de 2009

Para reflectir durante esta semana...


A multiplicação dos pães é figura, tipo e antecipação do banquete eucarístico. Aos apóstolos não se reserva um papel passivo, mas o de actores: cabe-lhes distribuir o alimento aos presentes. A Igreja continua hoje a distribuir o Pão da Vida. Não menosprezemos o dom mas, na medida do possível, comunguemos com frequência. Não esqueçamos também que a Missa deve levar a um maior compromisso social dos cristãos, vital nestes tempos de crise, tal como o realça o Papa na sua mais recente encíclica, “Caridade na Verdade”.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

XVII Domingo do Tempo Comum | 26.07.09


A liturgia do 17º domingo Comum dá-nos conta da preocupação de Deus em saciar a “fome” de vida dos homens. De forma especial, as leituras deste domingo dizem-nos que Deus conta connosco para repartir o seu “pão” com todos aqueles que têm “fome” de amor, de liberdade, de justiça, de paz, de esperança.


Na primeira leitura, o profeta Eliseu, ao partilhar o pão que lhe foi oferecido com as pessoas que o rodeiam, testemunha a vontade de Deus em saciar a “fome” do mundo; e sugere que Deus vem ao encontro dos necessitados através dos gestos de partilha e de generosidade para com os irmãos que os “profetas” são convidados a realizar.


O Evangelho repete o mesmo tema. Jesus, o Deus que veio ao encontro dos homens, dá conta da “fome” da multidão que O segue e propõe-Se libertá-la da sua situação de miséria e necessidade. Aos discípulos (aqueles que vão continuar até ao fim dos tempos a mesma missão que o Pai lhe confiou), Jesus convida a despirem a lógica do egoísmo e a assumirem uma lógica de partilha, concretizada no serviço simples e humilde em benefício dos irmãos. É esta lógica que permite passar da escravidão à liberdade; é esta lógica que fará nascer um mundo novo.


Na segunda leitura, Paulo lembra aos crentes algumas exigências da vida cristã. Recomenda-lhes, especialmente, a humildade, a mansidão e a paciência: são atitudes que não se coadunam com esquemas de egoísmo, de orgulho, de auto-suficiência, de preconceito em relação aos irmãos.


Reflectindo o Evangelho


Vivemos num tempo marcado pela tão conhecida e famosa crise. Diante deste cenário vários sentimentos nos podem invadir: ou partilhar o que temos com os que menos têm ou simplesmente, com receio de vir a perder o que se tem, ficar amarrado aos bens que possuímos.
A liturgia deste 17º Domingo do Tempo Comum desafia-nos a meditar no grande gesto de Jesus: a multiplicação dos pães. Eram apenas cinco pães de cevada e dois peixes mas, pela intervenção generosa de Jesus, ficaram saciados mais de cinco mil homens. Ora, Deus continua a querer saciar todos os homens e mulheres mas, para isso, serve-se de pessoas, tal como Eliseu (ver 1ª Leitura), para serem suas testemunhas. Ele quer continuar a oferecer o seu “Pão” como suplemento alimentar essencial nesta caminhada da nossa vida, no nosso mundo e na nossa sociedade.

Embora possa parecer indiferente, o ser humano do nosso tempo continua a viver com uma sede e uma fome imensa de Deus. Compete a nós, cristãos, solucionarmos essa sede e essa fome, que pode ter várias expressões: desempregos, solidão, os injustiçados, os explorados, os marginalizados, os deprimidos, os pobres envergonhados… Viver com este espírito e com este propósito é responder de forma afirmativa ao apelo que S. Paulo nos lança: “suportai-vos uns aos outros na caridade” (ver 2ª Leitura).

Partilha e solidariedade para com os irmãos são os dois grandes pilares que marcam a liturgia deste Domingo. Mas há um outro que nos responsabiliza mais, que é o facto de sermos continuadores da obra e missão de Jesus, espelhada na ordem que Ele dá aos seus discípulos: “dai-lhes vós mesmos de comer” (ver Evangelho). Realmente, sermos solidários e partilharmos com os outros algo que é nosso pode, porventura, ser fácil, porque muitas vezes até damos coisas que nos sobram; agora, mais difícil, é no nosso quotidiano, darmo-nos; isto é mais exigente.



Vivendo o evangelho


Diante da insegurança do mundo e de todo o sistema económico-social, pode parecer uma utopia poder responder à fome existente no mundo. Sabemos que não podemos fazer tudo, mas podemos fazer alguma coisa: aqui está o desafio e a interpelação. Ergamos os olhos e vejamos, tal como Jesus, que os bens são dom de Deus, dirigem-se a todos. Interessa, pois, que não olhemos os nossos irmãos necessitados do “alto da torre” como se fôssemos meros detentores, mas usemos “umas lentes bem graduadas” que nos ajudem a ver melhor as necessidades dos nossos irmãos, tendo sempre a consciência de que aquilo que damos e partilhamos com os outros jamais nos fará falta (certamente já todos tivemos esta experiência), pois Deus sempre nos recompensa; mais do que detentores, sejamos distribuidores.



Farol de Luz; A Caminho



quinta-feira, 23 de julho de 2009

XXXV Encontro de Liturgia



Fátima acolhe de 27 a 31 de Julho o XXXV Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica, este ano dedicado ao tema "Cantai ao Senhor com arte e com alma. A música na Liturgia".


Um conjunto de quatro conferências aborda os seguintes temas: "Como é bom cantar. Liturgia do homem e do universo"; "Cantar porquê? Função da música na liturgia"; "Cantar o quê? Características da música litúrgica" e "Cantar como? Com arte e com alma".

Tudo a postos para Festival de Verão católico

Centenas de jovens de todo o país rumam a Aveiro para a maior festa da música de inspiração cristã.




Aveiro prepara-se para receber, de 24 a 26 de Julho, a terceira edição do Festival Jota, uma iniciativa que nasceu na Guarda, passou pela Serra da Estrela e rapidamente ganhou dimensão nacional como um evento de referência no panorama da música de inspiração cristã.

Neste momento há quase mil inscritos para os três dias de festival. Jovens de todo o país, do Algarve a Viana do Castelo vão começar a chegar à praia São Jacinto, por onde passarão 17 bandas em três dias de concertos.

A terceira edição deste festival arranca em Aveiro o seu percurso de itinerância pelo país, numa organização conjunta do Secretariado Diocesano de Pastoral Juvenil e Vocacional (SDPJV) e do Departamento de Pastoral Juvenil da Guarda (DPJG).

Música, cultura e formação são as palavras-chave do Festival Jota 2009 que tem como objectivo a evangelização, dirigida sobretudo aos jovens. Em três dias de festa, onde não faltará também a praia, o programa contempla ainda fóruns e workshops. De Sexta a Domingo, os jovens de todo o país vão ter a oportunidade de participar em encontros com oradores de renome nacional e abordar temáticas que vão da música ao teatro, passando pela cultura local, desporto e ciência.

O Festival nasceu em 2007 pelas mãos do Departamento da Pastoral Juvenil da Guarda e da Banda Jota. As duas primeiras edições realizaram-se no Paúl, Serra da Estrela. Em Aveiro, o SDPJV quer tirar partido do evento para "despertar os jovens para as questões da cidadania juvenil oferecendo aos participantes um conjunto de actividades que procuram estimular os jovens à construção de um mundo baseado num estilo de vida coerente na relação consigo, com os outros, com a natureza e com Deus".

A Aldeia Jota será o coração de todo o evento ao longo dos 3 dias, entre espaços de espaços de lazer, diversão, concertos, refeições e acampamento. É neste espaço, com uma área aproximada de 5 campos de futebol, que vão acontecer grande parte das actividades.
Da oração da manhã até à Cristoteca, todos os espaços são de acesso livre aos participantes.
"Não vai faltar diversão para os entretantos dos dias e das noites. Se apetecer o sossego de uma conversa há o Espaço Lounge, à entrada do pavilhão, onde no Sábado haverá concerto com os Laetare. Se a vontade for circular e conhecer sugerimos, a partir das 16h30, uma volta pela zona comercial onde editoras, movimentos e associações mostram serviços e produtos. Já se a vontade for a de comunicar há sempre o Espaço Internet. A partir das 21h00 haverá esplanada e bar na zona de concertos", refere a organização do evento, que conta com o apoio de mais de 100 voluntários.

Programa

As tardes serão à beira-mar, com "Concertos íntimos", que convidam à descontracção, fazendo a ponte para a animação nocturna.

Na Sexta-feira, pelas 18h30, actua a banda "Paz inquieta", na explanada da praia. Depois do jantar, pelas 21h00, o palco principal é dos "Luce", banda revelação do segundo Festival, "Terceira Margem", o Pe. João Paulo Vaz e os padres espanhóis de"La voz del desierto". A animação continuará noite dentro, na cristoteca.

O dia de Sábado está reservado para os vários espaços de debate, reflexão e workshops sobre temas que vão da sexualidade à política, passando pelo voluntariado, ecologia, cidadania, vocação, responsabilidade social e religião. Entre outros, estarão como convidaos as jornalistas Laurinda Alves e Aura Miguel e o prémio Nobel da Paz, D. Ximenes Belo.

Depois a dinâmica de Sexta repete-se, com o concerto de fim de tarde na praia, desta feira com a actuação de Claudine Pinheiro. Pelo palco principal passam as Bandas "Simplus", "Banda Jota" e Herber Marques, um jovem evangélico que sublinha a dimensão ecuménica do evento . De Espanha, chega também Gaby Soñer, com ritmos de rock-pop.

Nos dois dias, além do palco principal, há um palco destinado aos nossos jovens talentos, o chamado "
Teu Palco".

Domingo, as atenções convergem para a celebração eucarística, pelas 11h00, presidida por D. António Francisco dos Santos, Bispo de Aveiro. A eucaristia vai contar com uma orquestra constituída especialmente, com transmissão na Rádio Renascença e no
Canal de TV da Diocese aveirense.

À tarde o festival encerra as actividades com o espectáculo musical "Paulo de Tarso" agendado para as 14h30.


Agência Ecclesia


Gripe A - Informações

O que é a Gripe A(H1N1)?

A gripe A é uma doença infecto-contagiosa que afecta o nariz, a garganta e a árvore respiratória, provocada por um novo vírus da Gripe, o designado vírus da gripe A(H1N1).
Os primeiros casos confirmados desta doença surgiram, inicialmente, em Abril de 2009, primeiramente no México, surgindo depois casos nos Estados Unidos da América e noutros países, em vários continentes.

O que é o vírus da Gripe A(H1N1)?

O vírus da Gripe A(H1N1) é um novo subtipo de vírus que afecta os seres humanos. Este novo subtipo, contém genes das variantes humana, aviária e suína do vírus da Gripe, numa combinação genética nunca antes observada em todo o Mundo. Há evidência de que este novo subtipo é transmissível entre os seres humanos.


Como se transmite?

A Gripe A transmite-se de pessoa a pessoa, através do contacto com indivíduos doentes, desde os primeiros sintomas até cerca de 7 dias após o seu início, ou do contacto com objectos ou superfícies contaminados pelo vírus.
O vírus encontra-se presente nas gotículas de saliva ou secreções nasais das pessoas doentes, podendo ser transmitido através do ar, em particular em espaços fechados e pouco ventilados, quando as pessoas doentes tossem ou espirram no interior desses espaços.
O vírus pode, também, ser transmitido através do contacto das mãos com superfícies, roupas ou objectos contaminados por gotículas de saliva ou secreções nasais de uma pessoa doente, se posteriormente as mãos contaminadas entrarem em contacto com a boca, o nariz ou os olhos.
O vírus pode permanecer activo, durante várias horas, em superfícies ou objectos contaminados.
A lavagem frequente das mãos com água e sabão ou com soluções de base alcoólica e a limpeza de superfícies e objectos com líquidos de limpeza doméstica, permitem a destruição do vírus.

Quais os principais sintomas da Gripe A?

A Gripe A apresenta, na maioria dos casos, uma evolução de baixa gravidade. No entanto, têm sido registadas algumas situações de maior gravidade que conduziram à morte.
Na gripe sazonal, regra geral, as crianças, as mulheres grávidas, os doentes crónicos e debilitados e as pessoas idosas apresentam uma maior vulnerabilidade à doença. Contudo, a Gripe A, na Europa, tem atingido predominantemente os adultos jovens, de ambos os sexos.
Os principais sintomas são semelhantes aos da gripe sazonal:
− Febre
− Tosse
− Dores de garganta
− Dores musculares
− Dores de cabeça
− Arrepios de frio
− Cansaço
− Diarreia ou vómitos; embora não sendo típicos da Gripe sazonal, têm sido verificados em alguns dos casos recentes de infecção pelo novo vírus da Gripe A(H1N1).


Medidas de protecção individual contra a gripe A :

1 – Cobrir a boca e o nariz quando se tosse ou espirra
Cobrir a boca e o nariz com lenço de papel, nunca com a mão. Colocar o lenço de papel no caixote do lixo. No caso de não se poder usar lenço de papel, tapar a boca com o antebraço. A seguir, lavar as mãos. A escola deve facilitar o acesso a lenços de papel.

2 - Lavar frequentemente as mãos
Lavar frequentemente as mãos, com água e sabão, ou com uma solução de base alcoólica, em especial, após ter tossido, espirrado ou assoado o nariz, ou após se terem utilizado transportes públicos ou frequentado locais com grande afluência de público. Como regra geral de higiene, devem lavar-se as mãos, igualmente, antes de comer, antes e depois de preparar refeições, sempre que se utilize a casa de banho, mexa em lixo, terra, detritos ou dejectos de animais.
Sempre que se tenha de servir comida, mudar fraldas ou mexer em brinquedos de utilização partilhada. Fazer o mesmo, sempre que se cuide de pessoas doentes.
As crianças devem ser ensinadas a lavar as mãos, usando, de preferência sabonete líquido, durante pelo menos 20 segundos. Na escola devem ser usadas toalhas de papel ou secadores de ar quente para secar as mãos.
As crianças devem, também, ser ensinadas a não tocar com as mãos sujas na boca, olhos ou nariz.

3 – Evitar o contacto com outras pessoas quando se têm sintomas de Gripe
Sempre que profissionais ou alunos apresentem febre e sintomas de Gripe, não devem frequentar a escola, até a situação ser esclarecida por um profissional de saúde, através da Linha Saúde 24 – 808 24 24 24.
Quando se têm sintomas de Gripe, deve guardar-se uma distância mínima de 1 metro, quando se fala com outras pessoas. O cumprimento com beijos ou abraços deve ser evitado.
Para obter informação sobre as medidas a adoptar, aconselha-se o contacto com a Linha Saúde 24 – 808 24 24 24 ou a consulta do microsite da Gripe em www.dgs.pt

4 – Evitar o contacto com pessoas que apresentem sintomas de Gripe
Deve evitar-se, sempre que possível, o contacto próximo com pessoas que apresentem sintomas de Gripe.







quarta-feira, 22 de julho de 2009

Evangelho diário


Solenidade de Santa Maria Madalena



Evangelho segundo S. João 20,1.11-18.


No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo logo de manhã, ainda escuro, e viu retirada a pedra que o tapava. Maria estava junto ao túmulo, da parte de fora, a chorar. Sem parar de chorar, debruçou-se para dentro do túmulo, e contemplou dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha estado o corpo de Jesus, um à cabeceira e o outro aos pés. Perguntaram-lhe: «Mulher, porque choras?»
E ela respondeu: «Porque levaram o meu Senhor e não sei onde o puseram.»
Dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus, de pé, mas não se dava conta que era Ele.
E Jesus disse-lhe: «Mulher, porque choras? Quem procuras?»
Ela, pensando que era o encarregado do horto, disse-lhe: «Senhor, se foste tu que o tiraste, diz-me onde o puseste, que eu vou buscá-lo.»
Disse-lhe Jesus: «Maria!»
Ela, aproximando-se, exclamou em hebraico: «Rabbuni!» que quer dizer: «Mestre!»
Jesus disse-lhe: «Não me detenhas, pois ainda não subi para o Pai; mas vai ter com os meus irmãos e diz-lhes: 'Subo para o meu Pai, que é vosso Pai, para o meu Deus, que é vosso Deus.'» Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos: «Vi o Senhor!» E contou o que Ele lhe tinha dito.



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Reflaxão sobre o evangelho
Maria Madalena, apóstolo dos apóstolos

As mulheres que levavam os aromas enviaram Maria Madalena ao sepulcro à frente delas, segundo o relato de São João Teólogo. Era de noite, mas o amor a iluminava, de tal maneira que ela viu a grande pedra rolada da frente da porta do túmulo e regressou dizendo: «Discípulos, sabei o que vi: a pedra já não tapa o túmulo. Terão levado o meu Senhor? Não se vêem os guardas, fugiram. Terá Ele ressuscitado, Aquele que oferece a ressurreição aos homens caídos?» [...]Aquele que tudo vê, vendo Madalena dominada pelos soluços e acabrunhada pela tristeza, deixou-se tocar no Seu coração. [...] Aquele que sonda os rins e os corações, sabendo que Maria Lhe reconheceria a voz, chamou a Sua ovelha, Ele que é o verdadeiro pastor: «Maria!», disse-lhe. E ela imediatamente O reconheceu: «É o meu bom pastor, que me chama para me contar entre as noventa e nove ovelhas. Sei bem quem Ele é, Aquele que me chama; já o tinha dito, é o meu Senhor, Aquele que oferece a ressurreição aos homens caídos.»
[...]O Senhor disse-lhe: «Mulher, que a tua boca proclame estas maravilhas e as explique aos filhos do Reino, que esperam que Eu desperte, Eu que estou vivo. Vai depressa, Maria, reúne os Meus discípulos [...]; desperta-os a todos como que de um sonho, a fim de que venham ao Meu encontro com as lamparinas acesas. Vai dizer-lhes: o Esposo acordou, saiu agora do túmulo. [...] Apóstolos, afastai a vossa tristeza mortal, pois despertou Aquele que oferece a ressurreição aos homens caídos.»
[...]«Subitamente, o meu luto transformou-se em júbilo, tudo se tornou para mim alegria e felicidade. E não hesito em o dizer: recebi a mesma glória que Moisés; vi, sim, vi, não no alto da montanha, mas no sepulcro, não velado por uma nuvem, mas no seu corpo, vi o Senhor dos seres incorpóreos e das nuvens, Aquele que é, que era e que há-de vir. Foi Ele que me disse: detém-te, Maria, vai revelar àqueles que Me amam que Eu ressuscitei. Vai levar esta boa nova aos descendentes de Noé, como a pomba lhes levou o ramo de oliveira (Gn 8, 11). Diz-lhes a morte foi destruída e que Aquele que oferece a ressurreição aos homens caídos Se elevou do túmulo.»
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Quem foi Maria Madalena?


Maria Madalena é uma personagem feminina do Novo Testamento. Provavelmente natural de Magdala (daí o nome Madalena), foi uma das "piedosas mulheres" que acompanhavam Jesus, que a havia libertado de sete demônios. Assistiu à crucifixão e à deposição de Cristo e foi testemunha da Ressurreição do Mestre. Tradicionalmente é identificada com a anónima "pecadora arrependida" de que fala Lucas, aquela que perfumou os pés de Jesus, banhou-os com suas lágrimas e enxugou-os com os próprios cabelos; a sua figura representa, para a cristandade, o símbolo da penitente. A Igreja romana, seguindo são Gregório Magno, além de a identificar com a "pecadora", também a confunde frequentemente com Maria de Betânia, irmã de Lázaro, e celebra as três Marias com uma única festa. A Igreja grega, ao contrário, seguindo Orígenes, distingue as três figuras, celebrando três festas diferentes.




SMS para combater a poliomielite


"É tempo de utilizarmos a tecnologia moderna para garantir a saúde infantil e, este ano, é especialmente importante por causa da campanha de prevenção".

A UNICEF vai enviar mensagens para milhões de pais zambianos, ao longo desta semana, como parte de uma nova iniciativa para aproveitar a tecnologia moderna na luta contra a poliomielite.

A organização internacional uniu esforços ao Ministério da Saúde e a duas operadoras zambianas de telemóvel, a Zain e a MTN, para incentivar os pais a levarem os filhos com menos de cinco anos ao centro de saúde mais próximo para a vacinação livre da poliomielite. “É tempo de utilizarmos a tecnologia moderna para garantir a saúde infantil e este ano é especialmente importante por causa da campanha de prevenção da poliomielite”, disse a representante da UNICEF no país, Lotta Sylwander.

Sylwander agradeceu à MTN e à Zain o envio de milhões de SMS a informar os seus assinantes das actividades da campanha de prevenção contra a doença incapacitante a decorrerem em 28 distritos limítrofes de Angola, Namíbia e República Democrática do Congo (RDC).


Fátima Missionária

terça-feira, 21 de julho de 2009

Carta da Presidente Internacional da JMV - 18 de Julho


Queridos membros da JMV:


Recebam uma calorosa e fraterna saudação neste dia especial, 18 de Julho, o dia em que comemoramos mais um ano da 1 ª aparição da Virgem Maria a Santa Catarina. Feliz aniversário da Juventude Mariana Vicentina!


Ao iniciar esta carta, eu não posso retirar da minha mente algumas notícias que têm marcado nos últimos meses e estão muito presentes nas nossas nossas orações. Embora não seja possível mencioná-las todas, gostaria de destacar o terramoto em L'Aquila (Itália), a pandemia da gripe que começou no México, estes fatídicos acidentes de avião no Brasil e as Ilhas Comoras, a guerra silenciosa da fome e da violência que continua em muitos países do mundo, a crise económica que parece anunciar momentos ainda mais difícil para as pessoas empobrecidos. A esta lista comum, ainda se poderia acrescentar as dificuldades e provas por que as nossa famílias passam, as nossas preocupações pessoais e missionárias.


Neste contexto, poderíamos fazer nossas, as palavras do profeta: "Se saio aos campos, eis os mortos à espada; se regresso à cidade, eis os dizimados pela fome. Até profetas e sacerdotes vagueiam pelo país... Esperávamos a paz, mas nada há de bom; esperávamos a hora do alívio, mas só vemos angústia!"(Jr 14,18-19).


Creio que estas mesmas palavras se aplicavam ao contexto histórico em que se deram as aparições da Milagrosa, em 1830. Por isso, hoje, cada um necessita escutar de novo no seu coração, as palavras que a Virgem dirige a cada membro da Família Vicentina desde o século XIX: "Tenham confiança, não desanimem, eu estou convosco .... A bola que vês representa o mundo inteiro ... e cada pessoa em particular. ". Sim, em tempos desencorajadores, a Virgem Maria quer recordar-te hoje do seu pedido materno, o Amor que se entregou para que tenhas vida em abundância, a fé no mundo que ela profetizou no Magnificat, construído sobre os valores do Evangelho. Por isso, convido-te a viver os momentos difíceis com um coração cheio de confiança, a perseverar na oração e continuando a trabalhar para um mundo mais justo e fraterno. Lembra-te que "a juventude, em particular, é tempo de esperança, porque se olha para o futuro com expectativas diferentes. Quando se é jovem alimentam-se ideais, sonhos e projectos; a juventude é o momento em que se amadurecem opções decisivas para o resto da minha vida ..."(Mensagem do Papa Bento XVI para a JMJ de 2009). Cada dificuldade, cada obstáculo, os fracassos, as tuas próprias fraquezas e as dos outros, são bênçãos e oportunidades para crescer e ser testemunho da presença de Jesus no meio de nós, uma fonte de alegria e paz.


Ao celebrar o aniversário da nossa querida Associação, também quero recordar-te que és chamado/a a VIVER AQUILO QUE ÉS... A tua presença e o teu empenho na JMV, o teu amor a Maria e tua vivência de amor apaixonante pelos os mais pequenos, são os melhores presentes que podes dar aos que te rodeiam. São a sua maneira de dizer aos homens e mulheres de hoje, que São Vicente e Santa Luísa, cujo 350 º aniversário começamos a comemorar no próximo dia 27 de Setembro , continuam vivos hoje, em cada um de nós.


"Que o Deus da esperança vos encha de toda a alegria e paz na fé, para que transbordeis de esperança, pela força do Espírito Santo."(Rm 15,13).

Yasmine Cajuste
Presidente Internacional da JMV




III Assembleia Internacional JMV

Queridos amigos e amigas:

A graça do Senhor esteja sempre connosco!
De 2 a 5 de Julho, o Conselho Internacional da Associação reuniu-se em Madrid para iniciar os preparativos da III Assembleia Internacional de JMV. Reflectimos juntos e considerámos as diferentes sugestões recebidas dos países. Contando com a aprovação do Director General, P. Gregory G. Gay, o Conselho Internacional tem a grande alegria de convocar a TERCEIRA ASSEMBLEIA INTERNACIONAL DE JMV. Terá lugar em Lisboa (Portugal), de 1 a 6 de Agosto de 2010, sobre o lema “JMV, radicados (fixados) em Cristo, semeemos a esperança ”. Será precedida pela celebração do Encontro Africano de Conselhos Nacionais da JMV, que terá lugar na mesma cidade, de 29 a 31 de Julho de 2010.

Yasmine Cajuste
Presidente Internacional da JMV

Viver o Amor Fraterno sem Distinções nem Discriminações

O apelo à fraternidade e à não discriminação, lançado pelo Papa Bento XVI na sua Mensagem para o Dia Mundial do Migrante e Refugiado deste ano de 2009, foi acolhido como lema da 37ª Semana Nacional das Migrações.





O apelo à fraternidade e à não discriminação, lançado pelo Papa Bento XVI na sua Mensagem para o Dia Mundial do Migrante e Refugiado deste ano de 2009, foi acolhido como lema da 37ª Semana Nacional das Migrações.

Em comunhão com as preocupações do Santo Padre, neste mundo violento que, cada vez mais, marginaliza a pessoa humana, queremos colocar os migrantes que vivem excluídos e discriminados como centro da nossa semana de reflexão e oração. O contexto de crise económica global, produzida pela especulação financeira desordenada e pelo sistema neoliberal que tem esvaziado o mundo ocidental dos valores fundamentais do humanismo cristão, que transforma o homem em peça descartável duma engrenagem de produção e consumo, promove a injustiça e assimetria social assim como a discriminação e a exclusão. A comunicação globalizada, da notícia em directo, que explora os acontecimentos de forma sensacionalista, com o único objectivo de aumentar audiências, contribui negativamente para a criação de estereótipos generalistas dos migrantes, que muitas vezes são discriminados e marginalizados só pelo facto de pertencerem a determinada etnia, terem determinada cor de pele ou serem oriundos de determinado país. Esta inconsciência de alguns meios de comunicação social tem contribuído para o surgimento de discriminações, racismos e xenofobias que em nada dignificam a pessoa humana e envergonham a cultura da tolerância que Portugal levou às cinco partidas do mundo.

O mundo de hoje tem necessidade de recriar uma nova ética de valores, uma ética que coloque o ser humano no lugar central que lhe pertence; uma ética da fraternidade e da solidariedade que respeite e acolha todos sem distinção nem discriminação que desumaniza e humilha. A verdadeira fisionomia da Igreja, que é universal, encontra-se na dimensão da fraternidade cósmica onde, independentemente da cor da pele, da cultura ou da proveniência todos são acolhidos porque filhos do mesmo Pai e redimidos por Cristo, por isso, todo o cristão é chamado a ser promotor da fraternidade e do acolhimento, lutando e denunciando tudo o que seja distinção, discriminação, exclusão ou marginalização, sem perder do horizonte a palavra de Jesus: "Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes" (Mt 25, 40), nem as palavras do apóstolo Paulo: "Já não sois estrangeiros nem imigrantes, mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus" (Ef. 2, 19).


Obra Católica Portuguesa das Migrações

HOJE!


Hoje vamos limpar uma das casas, onde o grupo de Borba vai ficar.

É para lá estar às 16 h e 30 m.

É para levar vassouras, panos do pó e esfregonas.

Para reflectir durante esta semana...


Regressados da sua pregação, os apóstolos relatam ao Senhor os sucessos alcançados. Jesus convida-os a descansar e a reflectir; Ele mesmo mostra-lhes como evangelizar as multidões, tornando-se, assim, pastores do rebanho de Deus. Na Bíblia, também os reis e sacerdotes do povo de Israel nos aparecem frequentemente sob a designação de pastores. Jeremias, por exemplo, procura criar no povo a esperança no aparecimento de um outro Pastor que o conduza à vida e à realização dos desígnios do Senhor. Um Pastor capaz de trazer ao mundo a reconciliação, o perdão e a paz entre os Homens, assim tornados mais próximos de Deus, no mesmo Espírito de unidade.

Quanto mais O encontro na minha vida, mais me apercebo que estou longe d´Ele…


Esta semana venho tentar perceber convosco qual a nossa relação com Deus.
Muitas vezes pensamos estar bem junto de Deus, mas na realidade estamos bem afastados d´Ele.

Julgo que esta relação, aproximamento /afastamento é um tanto ou quanto parecida á relação quanto ao amor. Quanto mais descobrimos o quanto Deus nos ama, mais ficamos a saber que não o amamos tanto como poderíamos, ou deveríamos.

Deus é omnipresente, Ele está em todo o lado, mas porque então não o sentimos? Pois, Deus não se sente somente, Ele vive-se na sua essência de Amor e de Pai. Sente-se o seu Amor de Pai, mas também de Mãe! Para estarmos juntos de Deus, não é só necessário irmos á missa, não é só necessário rezarmos, ou irmos em procissões ou em romarias. Para sentirmos Deus, nós precisamos de respirar em cada inspiro e expiro Deus. Nós precisamos fazer do nosso ser um habitat de Deus, precisamos fazer com que Deus seja para nós algo tão importante e tão vital quando é o nosso coração e os nossos pulmões. Precisamos; necessitamos introduzir Deus no mais central das nossas vidas, e não ser algo que como uma peça de vestuário, ou alguma jóia que quando não nos apetece levar, arrumamos num canto do armário ou do guarda jóias.

Mas, Deus pode ser comparado a uma peça de roupa se olharmos que quanto mais a usamos, mais a temos de lavar, ou seja, renovar as suas características, mas a única diferença está em que, quanto mais usamos as roupas, mais elas se estragam e as cores se vão corroendo. Já Deus não. Quanto mais o usamos e renovamos mais as cores são vivas e fortes, mais aquela peça de vestuário se torna revigorante e importante para as nossas vidas! Mas, como podemos lavar esta “peça de roupa” pela oração, pela eucaristia, por tantas coisas que se vão completando. Para haver renovação, tem que partir de nós mesmos e não só indo á missa de fachada, ou seja, vou á missa porque quero, mas quando ouço o: “ide em paz e o Senhor vos acompanhe!” que estou levando daquilo que ouvi ou deveria ter ouvido? Que transformações possíveis posso dar á minha vida a partir da Palavra que é vida e do Pão repartido? Essas são as questões que ao longo desta semana vamos pensar!

Será que neste momento estamos perto ou longe do Pai? Será que estamos a fazer o necessário para estarmos mais perto Dele?

Pensemos!
Portal Cristo Jovem

domingo, 19 de julho de 2009

HOJE! | SARDINHADA | CARVALHAL


Dia 19 de Julho, no largo das festas, em Carvalhal, irá haver uma Sardinhada organizada pela Juventude Mariana Vicentina de Carvalhal.


Programa:

16h - abertura do bar

17h - actuação da banda formada por elementos da JMV de Carvalhal "P.R.L."


Haverá sardinha assada e bifanas!


Vá e leve um amigo!

sábado, 18 de julho de 2009

XVI Domingo do Tempo Comum | 18.07.09


A liturgia do 16º Domingo do Tempo Comum dá-nos conta do amor e da solicitude de Deus pelas “ovelhas sem pastor”. Esse amor e essa solicitude traduzem-se, naturalmente, na oferta de vida nova e plena que Deus faz a todos os homens.


Na primeira leitura, pela voz do profeta Jeremias, Jahwéh condena os pastores indignos que usam o “rebanho” para satisfazer os seus próprios projectos pessoais; e, paralelamente, Deus anuncia que vai, Ele próprio, tomar conta do seu “rebanho”, assegurando-lhe a fecundidade e a vida em abundância, a paz, a tranquilidade e a salvação.


O Evangelho recorda-nos que a proposta salvadora e libertadora de Deus para os homens, apresentada em Jesus, é agora continuada pelos discípulos. Os discípulos de Jesus são – como Jesus o foi – as testemunhas do amor, da bondade e da solicitude de Deus por esses homens e mulheres que caminham pelo mundo perdidos e sem rumo, “como ovelhas sem pastor”. A missão dos discípulos tem, no entanto, de ter sempre Jesus como referência… Com frequência, os discípulos enviados ao mundo em missão devem vir ao encontro de Jesus, dialogar com Ele, escutar as suas propostas, elaborar com Ele os projectos de missão, confrontar o anúncio que apresentam com a Palavra de Jesus.


Na segunda leitura, Paulo fala aos cristãos da cidade de Éfeso da solicitude de Deus pelo seu Povo. Essa solicitude manifestou-se na entrega de Cristo, que deu a todos os homens, sem excepção, a possibilidade de integrarem a família de Deus. Reunidos na família de Deus, os discípulos de Jesus são agora irmãos, unidos pelo amor. Tudo o que é barreira, divisão, inimizade, ficou definitivamente superado.


Reflectindo o Evangelho


Fim de tarde. Começamos a preparar-nos para o reencontro da família, mas até lá há uma parede de ruído à nossa volta. São as buzinas, o rádio, o telemóvel, uma quantidade enorme de ruídos aos quais, com o tempo, nos vamos habituando, e mesmo a não saber viver sem eles, chegando a estranhar o silêncio. Chegamos a casa e o ruído cessa. Ou não! Ligamos a TV porque está a dar aquele programa que queremos ver, e fazemos mil e uma coisas que enchem a casa de ruído.

O Evangelho deste Domingo fala-nos da necessidade da ausência de ruídos para que aconteça o verdadeiro encontro com aqueles com quem queremos partilhar a vida, seja a família, seja o próprio Jesus Cristo. «Vinde comigo para um lugar isolado e descansai um pouco» (Evangelho) é um convite ao desligar de tudo aquilo que fizemos e a olhá-lo a partir de fora para que possamos partilhá-lo e rezá-lo com quem verdadeiramente interessa.

Só desligando de todos os ruídos é que podemos realmente olhar para a nossa missão de anunciar o Deus de Misericórdia e de Amor, só assim evitaremos a dispersão das ovelhas (ver primeira leitura).

É pelo cuidado que temos connosco e pela qualidade da nossa relação com Jesus Cristo que conseguiremos tornar atractivo o compromisso com Ele. Só vivendo nessa dinâmica de cuidado e encontro é que poderemos fazer o anúncio de paz para todos (ver segunda leitura).



Vivendo o evangelho



«Vinde comigo para um lugar isolado e descansai um pouco»: porque não aceder ao convite de Jesus Cristo? Um momento que seja para partilhar a nossa experiência de missão, de anunciadores do Reino. Um momento para ver se temos vivido de forma fiel e alegre o nosso compromisso cristão.



A Caminho; Farol de Luz


quinta-feira, 16 de julho de 2009

SARDINHADA | 19.07.09 | CARVALHAL


Ser cristão num mundo globalizado e em crise


Bento XVI publicou a sua terceira encíclica dedicada ao desenvolvimento humano integral na caridade e na verdade: "Caritas in veritate".

É uma reflexão profunda que apresenta a Doutrina da Social da Igreja, tendo como base a encíclica de Paulo VI: "Populorum progressio" (1967) e a sua noção de desenvolvimento do "Homem todo e todo o homem".

O contexto actual da globalização e da crise económico-financeira justificam uma reflexão nova que nasce da fé e da razão dum Pastor com coração e solicitude universal.

Como homem de fé, Bento XVI, alerta para os perigos dum humanismo sem Deus, nem referência ao "mais" da transcendência: "Um humanismo que exclui Deus é um humanismo desumano. (...) O amor de Deus chama-nos a sair daquilo que é limitado e não definitivo, dá-nos coragem de agir continuando a procurar o bem de todos" (nº78). Quem perde o sentido de Deus, facilmente cai no relativismo, no laicismo e na idolatria da técnica e da ciência. Por outro lado, o fundamentalismo ou expressões religiosas que negam o valor da criação alienam-nos da construção do bem comum. Só a caridade na verdade, que nasce da fé no Deus Trindade, nos pode ajudar a superar a visão materialista da realidade e a reconhecer no outro um irmão, membro da mesma família que chama a Deus: Pai-Nosso (cf. nº71, 79).

O Papa, convida-nos ao discernimento guiado pela razão, pois o desenvolvimento integral e universal é uma vocação que exige uma boa fundamentação ética, uma análise interdisciplinar e uma participação responsável de todos. "O actual quadro do desenvolvimento é policêntrico" e devemos libertar-nos das "ideologias que o simplificam" (nº22). Daí a importância da formação e da educação para o desenvolvimento e a sensibilidade para o bem comum, baseados na caridade e na verdade. "A sociedade cada vez mais globalizada torna-nos vizinhos, mas não nos faz irmãos" (nº 19).

O desenvolvimento deve ser integral e universal, inclusivo e participativo, subsidiário e solidário, justo e amigo do bem comum, ecológico e sustentável, fundado no amor e na verdade. Por outro lado, Bento XVI identifica algumas opções que não contribuem para o desenvolvimento e que enumero sumariamente: o assistencialismo e a dependência, a exclusão e o monopólio, a exploração e especulação, a ilegalidade e a corrupção, a falta de transparência e o autoritarismo, a violência e a procura desenfreada do lucro, as políticas contra a vida e o meio ambiente, as relações desiguais por motivos culturais, religiosos, de poder ou tecnológico.

Como membro de uma organização missionária (Rede Fé e Justiça Europa-África - AEFJN) que procura mais justiça nas relações entre a Europa e a África, gostei de ler que a doutrina social da Igreja é um elemento essencial da evangelização: "O testemunho da caridade de Cristo através de obras de justiça, paz e desenvolvimento faz parte da evangelização, pois a Jesus Cristo que nos ama, interessa o homem inteiro." (nº 15)

A encíclica aprofunda temas como a globalização, o mercado, o ambiente e a técnica: "É preciso empenhar-se sem cessar por favorecer uma orientação cultural personalista e comunitária, aberta á transcendência, do processo de integração mundial" (nº 42).

O ser humano, presente e futuro, é o centro de todas estas reflexões: "Nas intervenções em prol do desenvolvimento, há que salvaguardar o princípio da centralidade da pessoa humana, que é o sujeito que primariamente deve assumir o dever do desenvolvimento" (nº47). Por isso, o Papa preocupa-se com as desigualdades entre pessoas e povos, as migrações e o desemprego, o turismo e exploração sexual, a falta de respeito pelos direitos humanos, a deslocação de empresas, as formas de participação da sociedade civil, a regulação nacional e internacional do mercado, a interacção das culturas e a paz, a fome e a pobreza, o acesso à água e à educação, o respeito pela vida e pela liberdade, a bioética, a finança ética e o microcrédito, os meios de comunicação social e a democracia económica.

A cooperação e ajuda internacional têm neste documento critérios e análises fundamentais para uma reflexão e avaliação das práticas dos Estados, empresas e organizações não governamentais (cf. Nº 47, 57-60).

Termino, citando um parágrafo com o qual a AEFJN se identifica totalmente: "Sente-se a urgência de encontrar formas inovadoras para actuar o princípio da responsabilidade de proteger e para atribuir às nações mais pobres uma voz nas decisões comuns" (nº 67).


José Augusto Duarte Leitão, svd, Responsável da AEFJN Portugal

Evangelho Diário | 16.07.09


Evangelho segundo S. Mateus 11,28-30.


«Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de aliviar-vos. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.»


Reflexão sobre o evangelho


«Vinde a Mim»


Que aquele que quer alcançar o verdadeiro descanso do espírito aprenda a ser humilde! Perceba que na humildade se encontra toda a alegria, toda a glória e todo descanso, tal como na soberba se encontra tudo o que lhes é contrário. Com efeito, porque chegámos nós a viver todas as nossas tribulações? Porque caímos em toda esta miséria? Não teria sido por causa da nossa soberba e da nossa loucura? Não teria sido por termos seguido as nossas más inclinações e por nos termos apegado à nossa amarga vontade? Mas porque o fizemos? Não foi o homem criado na plenitude do bem-estar, da alegria, da paz e da glória? Não estava no paraíso? Foi-lhe ordenado: «Não faças isso», mas ele fez. Vêem o orgulho, a arrogância, a insubmissão? «O homem é louco», diz Deus ao ver esta insolência, «não sabe ser feliz. Se não tiver de passar por dias difíceis perder-se-á completamente. Se não perceber o que é estar numa aflição nunca saberá o que é a paz». Então Deus deu-lhe o que merecia, expulsando-o do Paraíso. [...]


No entanto, como refiro muitas vezes, a bondade de Deus não abandonou a Sua criatura. Antes de novo se virou para ela e voltou a chamá-la: «Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de aliviar-vos». Como que dizendo: «Estais fatigados, estais infelizes, experimentastes o mal causado pela vossa desobediência. Vamos, convertei-vos finalmente; vamos, reconhecei a vossa impotência e a vossa vergonha, para regressardes ao vosso repouso e à vossa glória. Vamos, vivei pela humildade, vós que estáveis mortos pelo orgulho». «Aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito».


Investir na floresta contra o desemprego


A Comissão Diocesana Justiça e Paz de Portalegre-Castelo Branco considera que um maior investimento nas zonas florestais ajudaria a combater a crise e a inverter a desertificação do Interior.

Numa nota enviada à Agência ECCLESIA, a Comissão alerta que "a nível da floresta, temos assistido a uma degradação constante deste recurso natural, quer pela falta de cuidado na manutenção das matas, quer na preservação e definição das espécies mais adequadas".

"Há que criar aqui modos de produção sustentáveis, aplicando tecnologias amigas do ambiente, gestão parcimoniosa dos recursos hídricos e modos de comercialização fluidos, com o mínimo de intermediários", indica a Comissão.

Para estes responsáveis, são necessárias medidas para travar "uma hemorragia demográfica dos que estão na idade activa do interior para as zonas litorais, de que a Diocese de Portalegre-Castelo Branco é exemplo".

"Há, pois, que trazer de novo para este interior e, especialmente, para as zonas mais despovoadas, mediante uma formação séria, uma reconversão eficaz e incentivos apropriados, as pessoas das grandes cidades", pode ler-se.

A Comissão Diocesana considera que "o espírito cooperativo terá que se incentivar e, aí, o Ministério da Agricultura, os Institutos Politécnicos existentes nesse interior, fundações, cooperativas, etc., poderão ter um papel importante quer de dinamização, quer de fornecimento dos instrumentos legais".

Neste processo, prossegue a nota, "as Escolas Superiores Agrárias, dependentes desses Institutos, em coordenação com o Ministério da Agricultura, poderiam propor as culturas mais adequadas, tendo em vista os mercados visados, ao mesmo tempo que forneceriam os apoios técnicos necessários".

"Talvez esta fosse uma das vias para criar empregos, melhorar o ambiente, descongestionar os grandes centros urbanos, combater a marginalidade e a delinquência, dar sentido a vidas que andam perdidas. Talvez, assim, se ajudasse a combater a pobreza", indica a Comissão Diocesana Justiça e Paz de Portalegre-Castelo Branco.


Agência Ecclesia


quarta-feira, 15 de julho de 2009

Sugestões para a programação do Ano Sacerdotal


Que é o Ano Sacerdotal?

• É um ano especial proclamado pelo Papa Bento XVI no Discurso durante a audiência concedida à Congregação para o Clero, de 16 de Março de 2009.

• Vai de 19 de Junho de 2009 ao 19 de Junho de 2010. No dia de abertura do Ano Sacerdotal, 19 de Junho de 2009, celebra-se a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, data já instituída como “Dia de oração pela santificação dos sacerdotes”.

• A referência principal durante a celebração do Ano Sacerdotal é São João Maria Vianney, Santo Cura d’Ars, padroeiro mundial dos sacerdotes, cujo 150º aniversário da morte se cumpre no próximo dia 4 de Agosto.


Lema do Ano Sacerdotal

Fidelidade de Cristo, fidelidade do Sacerdote [O nome do amor, no tempo, é: fidelidade] (Carta do Cardeal Hummes)


Pressuposto doutrinal irrenunciável, fundamento do Ano Sacerdotal

A centralidade de Jesus Cristo encarnado, crucificado e ressuscitado na missão da Igreja, que valoriza o sacerdócio ministerial, sem o qual não haveria a Eucaristia, nem muito menos a missão e a própria Igreja (Discurso do Papa).


Objectivos do Ano Sacerdotal

O Papa, no referido Discurso, marca três objectivos:
1. Favorecer a tensão dos sacerdotes para a perfeição espiritual da qual sobretudo depende a eficácia do seu ministério.

2. Recuperar com urgência a consciência que impele os sacerdotes a estar presentes e ser identificáveis e reconhecíveis quer pelo juízo de fé, quer pelas virtudes pessoais, quer também pelo hábito, nos âmbitos da cultura e da caridade (Objectivos ‘ad intra’).

3. Fazer compreender cada vez mais a importância do papel e da missão do sacerdote na Igreja e na sociedade contemporânea (Objectivo ‘ad extra’).

Sugestões para a programação do Ano Sacerdotal

O Cardeal Hummes, na sua Carta, como Prefeito da Congregação para o Clero, acrescenta dois:

4. Redescobrir a beleza e a importância do Sacerdócio e de cada um dos ordenados (Objectivo misto).

5. Renovar-se interiormente os sacerdotes na redescoberta feliz da própria identidade, da fraternidade do próprio presbitério e da relação sacramental com o próprio Bispo (Objectivo ‘ad intra’).

Destinatários e actores do Ano Sacerdotal

1
. Em primeiro lugar os Bispos. A consciência das mudanças sociais radicais das últimas décadas deve levá-los a:
1.1 Dedicar as melhores energias eclesiais à formação dos candidatos ao ministério.
1.2 Ter uma solicitude constante pelos seus primeiros colaboradores:
? Quer cultivando relacionamentos humanos verdadeiramente paternais;
? Quer preocupando-se com a sua formação permanente, sobretudo sob o perfil doutrinal e espiritual, desenvolvida em comunhão com a Tradição eclesial ininterrupta.
2. Em segundo lugar, os próprios sacerdotes. Todos os objectivos do Ano Sacerdotal lhes dizem respeito
3. Todo o povo santo de Deus:
» Paróquias;
» Âmbitos da formação sacerdotal;
» Os consagrados e as consagradas;
» As famílias cristãs;
» As Associações e os Movimentos;
» As Escolas católicas;
» Os doentes;
» E principalmente os jovens.
4. Os meios de comunicação social


O Site Internet da Congregação para o Clero: www.clerus.org


Diocese de Portalegre-Castelo Branco


terça-feira, 14 de julho de 2009

Encontro Nacional 2009


Relembro, que quem ainda não se inscreveu para o Encontro Nacional, que se realiza em Felgueiras, nos dias 27,28,29,30 e 31 de Agosto, que tem até amanha, dia 15, para o fazer!

SARDINHADA | 19.07.09 | CARVALHAL



Dia 19 de Julho, no largo das festas, em Carvalhal, não perca a Sardinhada organizada pela Juventude Mariana Vicentina.


Programa:


16h - abertura do bar

17h - actuação da banda formada por elementos da JMV de Carvalhal "P.R.L."


Haverá sardinha assada e bifanas!


Vem e traz um amigo!


Evangelho Diário


Evangelho segundo S. Mateus 11,20-24


Jesus começou então a censurar as cidades onde tinha realizado a maior parte dos seus milagres, por não se terem convertido: «Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se os milagres realizados entre vós, tivessem sido feitos em Tiro e em Sídon, de há muito se teriam convertido, vestindo-se de saco e com cinza. Aliás, digo-vos Eu: No dia do juízo, haverá mais tolerância para Tiro e Sídon do que para vós. E tu, Cafarnaúm, julgas que serás exaltada até ao céu? Serás precipitada no abismo. Porque, se os milagres que em ti se realizaram tivessem sido feitos em Sodoma, ela ainda hoje existiria. Aliás, digo-vos Eu: No dia do juízo, haverá mais tolerância para os de Sodoma do que para ti.»
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Reflexão sobre o evangelho...


Cristo chama-nos a todos à conversão


Cristo, que ao longo de toda a Sua vida fez sempre aquilo que ensinava, jejuou e rezou quarenta dias e quarenta noites antes de começar o Seu ministério. Inaugurou a sua missão pública com esta jubilosa mensagem: «O Reino de Deus está próximo», acrescentando imediatamente este mandamento: «Arrependei-vos e acreditai no Evangelho» (Mc 1, 15). De certa maneira, é toda a vida cristã que se encontra resumida nestas palavras. Não se pode alcançar o Reino anunciado por Cristo a não ser pela «metanóia», ou seja, pela mudança e pela renovação íntima e total de todo o homem. [...] O convite do Filho de Deus à metanóia obriga-nos a isso, tanto mais que Ele não a pregou apenas, mas Se ofereceu a Si mesmo como exemplo. Com efeito, Cristo é o modelo supremo dos penitentes. Quis sofrer, não pelos Seus pecados, mas pelos dos outros.


Com Cristo, o homem é iluminado com uma luz nova: reconhece a santidade de Deus e a gravidade do pecado. Pela palavra de Cristo, é-lhe transmitida a mensagem que convida à conversão e que concede o perdão dos pecados. Recebe em plenitude estes dons no baptismo, que o configura com a paixão, morte e ressurreição do Senhor. Toda a vida futura do baptizado é colocada sob o sinal deste mistério. Por conseguinte, todo o cristão deve seguir o Mestre renunciando a si próprio, levando a sua cruz e participando nos sofrimentos de Cristo. Assim, transfigurado na imagem da Sua morte, torna-se capaz de merecer a glória da ressurreição. Seguindo o Mestre, não poderá já viver para si próprio, mas para Quem o amou e se entregou por ele (Gal 2, 20), e tenderá também a viver para os seus irmãos, completando «na sua carne o que falta aos sofrimentos de Cristo pelo Seu Corpo, que é a Igreja» (Col 1, 24).


ASSOCIAÇÃO DA MEDALHA MILAGROSA " 1º CENTENÁRIO


A Associação da Medalha Milagrosa (AMM) está a viver um ano jubilar: em 8 de Julho de 1909, Sua Santidade, o Papa Pio X, aprovou os seus Estatutos.


Esta Associação é um memorial vivo e perene da Aparição da Imaculada Virgem Maria, em 1830, a Santa Catarina Labouré (Filha da Caridade de S. Vicente de Paulo), na Rue du Bac, em Paris. Nesta Aparição, a Virgem Maria mostrou um exemplar da Medalha, que se propagou por todo o mundo. Foi chamada pelo povo “milagrosa” devido aos inúmeros favores extraordinários que Deus concedia por seu intermédio.


É uma Associação universal pública de fiéis, sem fins lucrativos, aprovada pela Congregação dos Institutos de vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, por decreto de 19 de Fevereiro de 1998. Tem como notas distintivas: ser eclesial, laical, mariana, missionária e vicentina.


Está em Portugal, desde Fevereiro de 2002 e tem Estatutos aprovados pelo Superior Geral da Congregação da Missão e seu Director Geral, desde 2 de Fevereiro de 2008.


A Diocese de Portalegre e Castelo Branco é, entre todas as Dioceses do nosso país, aquela em que há mais núcleos (grupos) da AMM. Como Centro de irradiação da Associação e da mensagem da Medalha Milagrosa, aparece o Centro Diocesano de Mem Soares, também conhecido como Centro Diocesano de Nossa Senhora das Graças, onde se encontram as Filhas da Caridade. Aí, para assinalar o Ano Santo e a dimensão mariana daquela Casa e da Diocese, foi inaugurado um nicho evocativo.


Em Portugal, há cerca de 2 mil membros, mas no mundo, é a Associação com o maior número de Associados, estando espalhada pelos 5 continentes. Na nossa Diocese, há núcleos em Mem Soares, Castelo de Vide, Portalegre, Ladoeiro, Vila Velha do Ródão, Idanha a Nova e arredores, Ponte de Sor, Nisa, Montalvão, Fórneas, Gavião, Póvoas e Meadas. Há ainda mais alguns pequenos núcleos que estão em formação.


Cada núcleo tem o dia da sua fundação, que procura viver de forma dinâmica e celebrativa. A data por excelência de todas as celebrações é dia 27 de Novembro, festa litúrgica de Nossa Senhora das Graças, e a partir dele, todos os dias 27 de cada mês, são tempo de encontro e de oração. Retiros, dias de formação e peregrinação, reforçam e renovam o ânimo para a acção concreta junto do próximo.


Das Aparições da Rue du Bac, nasceu uma outra Associação: a Juventude Mariana Vicentina (JMV), também ela presente na nossa Diocese. Alferrarede, Carvalhal, Cabeça das Mós, Cernache do Bonjardim e Beirã, são zonas onde se pode ver e sentir a tónica juvenil e mariana deste movimento que, em Portugal, se prepara para celebrar os 25 anos de presença.


A JMV e a AMM pertencem à Família Vicentina (movimentos criados por São Vicente de Paulo ou nele inspirados). Os outros Ramos desta Familia são a Congregação da Missão (ou Padres Vicentinos), a trabalhar em Ponte de Sor, as Filhas da Caridade, que estiveram em Nisa e permanecem em Mem Soares, a Sociedade de São Vicente de Paulo ou Conferências Vicentinas, presentes em muitas das nossas paróquias, os Colaboradores da Missão Vicentina, ligados às Missões Populares, havendo alguns nas paróquias que fizeram esta experiência missionária, e a Associação International da Caridade.


Além de tempos de formação e de acções missionárias, em comum, a Família Vicentina tem o seu Encontro Nacional, em 5 de Outubro, em Fátima.



P. Agostinho Sousa,CM

domingo, 12 de julho de 2009

Eucaristia | Ensaio | 12.07.09



A Eucaristia começa às 17 h, por isso, é para estarmos na igreja às 16 h.


Para reflctir ao longo da semana...


Não tendo sido aceite na sua terra, Jesus tenta mais uma vez a conversão dos seus con-terrâneos, enviando-lhes os seus discípulos, recomendando-lhes humildade, pobreza e desprendimento, para que o anúncio adquira verdadeira eficácia. Na primeira leitura, o sacerdote do templo real de Betel pretende subornar espiritualmente o profeta Amós, mas ele denuncia corajosamente os erros e injustiças do rei. Finalmente, em forma de bênção e com grande originalidade, S. Paulo expõe o conteúdo do mistério redentor pelo qual Deus salva todos os Homens, judeus e pagãos, em Cristo e por Cristo.

sábado, 11 de julho de 2009

Caritas in Veritate - nova enciclica de Bento XVI



Bento XVI defende na sua terceira encíclica, "Caritas in Veritate" (A caridade na verdade), uma nova ordem política e financeira internacional, para governar a globalização e superar a crise em que o mundo se encontra mergulhado.


Bento XVI defende na sua terceira encíclica, "Caritas in Veritate" (A caridade na verdade), uma nova ordem política e financeira internacional, para governar a globalização e superar a crise em que o mundo se encontra mergulhado.No documento, tornado público esta terça-feira, o Papa apresenta como prioridade a "reforma quer da Organização das Nações Unidas quer da arquitectura económica e financeira internacional", sentida em especial "perante o crescimento incessante da interdependência mundial", mesmo no meio de uma "recessão igualmente mundial".


Em vésperas de mais uma reunião do G8, a nova encíclica diz que esta "verdadeira Autoridade política mundial", pedida no texto, teria como objectivos prioritários "o governo da economia mundial", o desarmamento, "a segurança alimentar e a paz", a defesa do ambiente e as regulações dos fluxos migratórios. Outra necessidade apontada é a de ajudar "as economias atingidas pela crise de modo a prevenir o agravamento da mesma e, em consequência, maiores desequilíbrios".


É sobretudo a questão financeira que merece um olhar atento neste documento, que identifica "tendência actuais para uma economia a curto, senão mesmo curtíssimo prazo" e assinala que "isto requer uma nova e profunda reflexão sobre o sentido da economia e dos seus fins, bem como uma revisão profunda e clarividente do modelo de desenvolvimento".


"Um dado é essencial: a necessidade de trabalhar não só para que nasçam sectores ou segmentos «éticos» da economia ou das finanças, mas também para que toda a economia e as finanças sejam éticas", assinala o documento, em que nunca aparece a palavra capitalismo.


Bento XVI considera que os "princípios tradicionais da ética social", como a transparência, a honestidade e a responsabilidade, continuam a ter lugar nos dias de hoje para enfrentar "problemáticas do desenvolvimento neste tempo de globalização", em especial perante a crise económico-financeira.


O documento indica que "também nas relações comerciais, o princípio de gratuidade e a lógica do dom como expressão da fraternidade podem e devem encontrar lugar dentro da actividade económica normal".


O Papa considera que todo o sistema financeiro "deve ser orientado para dar apoio a um verdadeiro desenvolvimento". "Há que considerar errada a visão de quantos pensam que a economia de mercado tenha estruturalmente necessidade duma certa quota de pobreza e subdesenvolvimento para poder funcionar do melhor modo", alerta.


Neste sentido, apela a uma regulamentação do sector capaz de impedir "especulações escandalosas", referindo que à luz da actual crise fica claro que "o progresso económico se revela fictício e danoso quando se abandona aos «prodígios» das finanças para apoiar incrementos artificiais e consumistas".


"E preciso que as finanças enquanto tais - com estruturas e modalidades de funcionamento necessariamente renovadas depois da sua má utilização que prejudicou a economia real - voltem a ser um instrumento que tenha em vista a melhor produção de riqueza e o desenvolvimento", aponta.


"A doutrina social nunca deixou de pôr em evidência a importância que tem a justiça distributiva e a justiça social para a própria economia de mercado", prossegue o texto, indicando que "sem formas internas de solidariedade e de confiança recíproca, o mercado não pode cumprir plenamente a sua própria função económica".


Bento XVI sublinha que a actual crise veio destacar ainda mais "anomalias e problemas dramáticos" presentes no desenvolvimento económico. "Cresce a riqueza mundial em termos absolutos, mas aumentam as desigualdades. Nos países ricos, novas categorias sociais empobrecem e nascem novas pobrezas", lamenta, falando ainda de "situações de miséria desumanizadora", corrupção e ilegalidade.


A encíclica aborda "pecados" económicos e critica a "convicção de ser auto-suficiente". Mais à frente, diz que "a convicção da exigência de autonomia para a economia, que não deve aceitar «influências» de carácter moral, impeliu o homem a abusar dos instrumentos económicos, até mesmo de forma destrutiva".


"É preciso evitar que o motivo para o emprego dos recursos financeiros seja especulativo, cedendo à tentação de procurar apenas o lucro a breve prazo sem cuidar igualmente da sustentabilidade da empresa a longo prazo", escreve Bento XVI.No mesmo sentido, precisa-se que "o objectivo exclusivo de lucro, quando mal produzido e sem ter como fim último o bem comum, arrisca-se a destruir riqueza e criar pobreza".


"A economia tem necessidade da ética para o seu correcto funcionamento; não de uma ética qualquer, mas de uma ética amiga da pessoa", frisa o Papa.


Modelos para a globalização


A "sociedade em vias de globalização" é o alvo preferencial de várias considerações de Bento XVI na "Caritas in veritate". Olhado para as várias intervenções dos seus predecessores em matéria social, o actual Papa considera que a principal novidade do nosso tempo "foi a explosão da interdependência mundial, já conhecida comummente por globalização"."A globalização - escreve - é um fenómeno pluridimensional e polivalente, que exige ser compreendido na diversidade e unidade de todas as suas dimensões, incluindo a teológica."Bento XVI avisa que "o processo de globalização poderia substituir as ideologias com a técnica, passando esta a ser um poder ideológico", pedindo por isso uma "formação para a responsabilidade ética no uso da técnica".


O Papa não alinha com as "atitudes fatalistas" a respeito deste fenómeno, que mostra a realidade de "uma humanidade cada vez mais interligada". Ainda assim, declara que "é preciso corrigir as suas disfunções, tantas vezes graves, que introduzem novas divisões" e fazer com que "a redistribuição da riqueza não se verifique à custa de uma redistribuição da pobreza ou até com o seu agravamento, como uma má gestão da situação actual poderia fazer-nos temer".


"Na época da globalização, a actividade económica não pode prescindir da gratuidade, que difunde e alimenta a solidariedade e a responsabilidade pela justiça e o bem comum em seus diversos sujeitos e actores. Trata-se, em última análise, de uma forma concreta e profunda de democracia económica", observa Bento XVI.


Neste contexto, diz o Papa, "eliminar a fome no mundo tornou-se também um objectivo a alcançar para preservar a paz e a subsistência da terra". "Poderia revelar-se útil considerar as novas fronteiras abertas por um correcto emprego das técnicas de produção agrícola, tanto as tradicionais como as inovadoras, desde que as mesmas tenham sido, depois de adequada verificação, reconhecidas oportunas, respeitadoras do ambiente e tendo em conta as populações mais desfavorecidas", indica.



Fonte: Agência Ecclesia